De uma forma geral, antes de todo o processo de contração se iniciar, é necessário que haja a deflagração de um potencial de ação, através da abertura de canais voltagem dependente de sódio, cálcio e potássio. Isto irá provocar alterações elétricas na membrana plasmática dos cardiomiócitos. Com a ligação do cálcio à troponina C, há liberação do sítio de ligação da actina à miosina, ocorrendo a ação de catraca, culminando na contração muscular (lembrando que o coração é formado de músculo estriado esquelético cardíaco).
A primeira bulha aparece no início da sístole ventricular. Quando os ventrículos começam a se contrair, o sangue, sofrendo pressão, comprime as válvulas A-V, fechando-as como se fossem folhas de uma porta. Quanto maior a força de contração do ventrículo maior a força com que as válvulas se fecham e mais forte será o som produzido pelo fechamento.
A segunda bulha coincide com a diástole ventricular. O som é produzido pelo fechamento das válvulas semilunares. A bulha acompanha toda fase isométrica diastólica até a abertura das válvulas A-V. As vibrações das grandes artérias também produzem ruídos.
A terceira bulha aparece durante a fase de enchimento rápido (diástole), após a fase isométrica diastólica. Ela é atribuída às vibrações das paredes dos ventrículos ocasionadas pela entrada rápida do sangue nessas câmaras, distendendo-as. Esta bulha é ouvida com dificuldade, mas pode ser registrada graficamente.
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