Ética, Política e Sociedade

1) "O termo política, por sua vez, foi cunhado na atividade social desenvolvida pelos homens adultos da polis grega. Toda a vida social grega estava assentada na atividade política. Aristóteles, na Grécia antiga, tinha uma visão bastante otimista da política: ele a pensou como a ciência que estuda o sumo bem, e como a finalidade da política é o bem humano, ela devia abranger todas as outras ciências." (SILVA, Kalina Vanderlei. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2009, p.336). Sobre a importância da pólis para o surgimento da filosofia, assinale o que for verdadeiro: I – O surgimento da polis foi um fator importante na passagem do pensamento mítico para o pensamento dito racional, contribuindo para o nascer da filosofia. II – A palavra política tem sua origem na palavra polis, portanto, podemos afirmar que a política nasceu na pólis grega, entretanto, o debate político afastou os homens da filosofia, pois perderam a noção de coletividade. III - A polis era um espaço de debate sobre a vida pública, o que favoreceu o desenvolvimento da argumentação, algo essencial ao pensamento crítico. Quais afirmações são verdadeiras? Alternativas: a) Apenas I. b) Apenas II.  c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) Todas as afirmações são verdadeiras.  2) Quando nos deparamos com a teoria socrática, perceberemos que, para ele, a consciência da própria ignorância é o começo da Filosofia. O filósofo procurava a definição daquilo que uma coisa, uma ideia, um valor é verdadeiramente. Procurava a essência verdadeira da coisa, da ideia, do valor. Procurava o conceito e não a mera opinião que temos de nós mesmos, das coisas, das ideias e dos valores. E o método Socrático para essa busca possuía dois momentos, a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que: I – Torna o interlocutor um mestre na argumentação sofística. II – Leva o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo conteúdo era repleto de conceitos vagos e imprecisos. III – Tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor confessar suas próprias contradições e ignorâncias. IV – Tinha um sentido depreciativo e sarcástico, pois objetivava humilhar o interlocutor mostrando sua ignorância.  Alternativas: a) Apenas a afirmação III é correta. b) Apenas as afirmações I e IV são corretas. c) Apenas a afirmação IV é correta. d) Apenas as afirmações II e III são corretas. e) Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. 3) Para Hegel, "A vida humana é essencialmente histórica, ou seja, ela se transforma no curso de um processo evolutivo constante. Além disso, ela se desenvolve em meio a contradições permanentes: natural e ideal, sensibilidade e razão, fatos e normas. A função da ética consiste na superação de todos os dualismos em uma unidade englobante [...]. (COMPARATO, Fábio Konder. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 310). Acerca da teoria ética de Hegel, analise as asserções abaixo: I - A vida ética pode se realizar de forma plena quando interiorizamos nossa cultura e passamos a praticar de maneira livre e espontânea seus valores e costumes sem pensar neles, sem os questionar, Porque se configuram como nossa própria vontade os deseja. PORQUE II - Somos seres históricos e culturais compostos unicamente pela vontade objetiva, que está inscrita nas culturas e instituições. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. Alternativas: a) As asserções I e II são verdadeiras e a II fundamenta a I. b) A asserção I é verdadeira e a II é falsa. c) A asserção II é verdadeira e a I é falsa. d) As asserções I e II são falsas. e) As asserções I e II são verdadeiras e I não fundamenta a II. 4) A consciência moral conhece as diferenças e também avalia sua própria capacidade de julgar as condutas e de agir em consonância com os valores morais. A forma principal de manifestação da consciência moral é a capacidade de escolher, entre as diversas alternativas, a partir de valores éticos, e decidir qual é a melhor. Pensando nisso, considere V para verdadeiro e F para falso, acerca das atribuições do nosso agente moral ativo. ( ) Procura controlar as paixões, buscando sentido para os valores já estabelecidos. ( ) Questiona sobre a obediência ou transgressão de valores a partir de valores superiores a ele mesmo. ( ) Parte de nossos desejos e instintos para tomar uma atitude, deixando nossa razão submetida às inclinações naturais. Qual a ordem correta? Alternativas: a) F, V, F. b) V, V, F. c) F, F, V. d) V, F, V. e) F, V, V.  5) "Rousseau resolveu a questão da legitimidade do poder fundado no contrato social ao criar a hipótese segundo a qual os indivíduos viviam em estado de natureza, sadios, cuidando de sua própria sobrevivência, até o momento em que surgiu a propriedade e uns passaram a trabalhar para outros, gerando escravidão e miséria. Rousseau parece demonstrar extrema nostalgia do estado feliz em que vive o "bom selvagem", antes de ser introduzida a desigualdade, a diferenciação entre rico e pobre, poderoso e fraco, senhor e escravo e a predominância da lei do mais forte. O indivíduo que surge da desigualdade é corrompido pela sociedade e esmagado pela violência. Trata-se de um falso pacto social, esse que coloca as pessoas sob grilhões." (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando:Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009, pp.307-308). Com base no pensamento de Rousseau, analise as asserções abaixo: I - A soberania deve estar na mão do povo, através do corpo político dos cidadãos. A sociedade então transforma os direitos naturais de cada homem em direitos civis. PORQUE II - Para Rousseau é possível a constituição de um "Estado Ideal" por meio do consenso entre os sujeitos, ou seja, o Estado Ideal é um Estado social legítimo, em estreita relação com a vontade geral. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. Alternativas: a) As asserções I e II são verdadeiras e a II fundamenta a I. b) A asserção I é verdadeira e a II é falsa. c) A asserção II é verdadeira e a I é falsa. d) As asserções I e II são falsas. e) As asserções I e II são verdadeiras e I não fundamenta a II.