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Descreva o desenvolvimentos dos folículos ovarianos?

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Thauanny Ferreira

Ainda na vida intrauterina a mulher começa a desenvolver as ovogônias e no quinto mês de vida intrauterina chega ao equivalente a 7 milhões de ovogônias; à partir do 3 mês, as ovogônias entram na prófase 1 da meiose 1, mas param na fase diplóteno e não progridem para as demais fases da meiose.

Essas células (ovogônias) constituem os ovócitos primários e são desenvolvidas por uma cama de células achatadas chamadas de células foliculares (ou células da granulosa); destes aproximados 7 milhões de ovogônias a maioria progride para ovócitos, os demais se perdem por um processo chamado atresia. E quando no período da puberdade, a mulher terá cerca de 300 mil ovócitos, a atresia continua por toda a vida reprodutiva da mulher, o que faz com que aos 45/50 anos restem cerca de 8 mil ovócitos.

À partir da puberdade feminina os folículos começam a se desenvolver, e saem da prófase 1 em que pararam ainda na fase intrauterina.

Cerca de 10 folículos são estimulados a se desenvolver durante cada ciclo sexual feminino, no entanto casos raros maturam mais de um que esteja pronto para a fecundação, os demais folículos sofrem atresia.

Os folículos são estimulados pelo FSH secretado pela hipófise, e passam a crescer e se desenvolver conforme a seguinte ordem: folículo primordial, folículo primário imaturo, folículo primário maduro, folículo secundário e por fim, folículo de Graaf.

Segue a diferenciação entre eles:

 Folículos primordiais são os folículos formados durante a vida fetal da mulher, que ainda não sofreram nenhum estímulo de desenvolvimento, estes são ovócitos primários envolvidos por apenas uma camada achatada de células da granulosa, situados na camada cortical do ovário, próximo à tuba albugínea (quanto mais próximo da camada cortical, mais imaturo o folículo é);

Folículos primários imaturos, têm um núcleo de tamanho aumentado, mitocôndrias em maior número, o RE cresce e os complexos de Golgi estão próximos a superfície celular. A principal característica deste estágio é o aumento da espessura das células da granulosa, que sofrem mitose e de achatadas passam a ser cuboides.

Folículos primários maduros, têm como principal característica ainda o aumento das células da granulosa, que continuam sua mitose e geram um epitélio estratificado, surge também a zona pelúcida que envolve todo o ovócito.

Folículos secundários, têm seu líquido folicular acumulado entre as células da granulosa, formando alguns pequenos espaços entre as células, que se reorganizam e formam o antro folicular; neste estágio, enquanto as células da granulosa se reorganizam, algumas permanecem ao redor da parede do folículo formando o cumulus oophorus, enquanto outras se reorganizam em volta do ovócito, formando a corona radiata. O estroma em volta se modifica e foram as células da teca.

E por fim, quando alcança seu máximo desenvolvimento, este folículo é chamado de folículo de Graaf, alcançando cerca de 2,5 cm de diâmetro.

Por fim, a parede do folículo de Graaf se rompe e ocorre a saída do óvulo para as tubas uterinas. Após a ovulação, as células do folículo que permanecem formam o corpo lúteo, que é o principal responsável pela produção de progesterona para manter a espessura endométrio para que ocorra a nidação do óvulo; caso o óvulo não seja fecundado, o corpo lúteo é fagocitado e a mulher menstrua; dando início a um novo ciclo.

 

Bom, espero ter ajudado! Caso queira mais detalhes, indico o livro de Histologia Básica - Junqueira e Carneiro.

 

Beijos e bom estudo!

 

 

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RD Resoluções

Os folículos ovarianos estão localizados na zona cortical dos ovários. Dois deles, ovários ou gônadas femininas, são glândulas localizadas na pequena pélvis, na parte posterior do útero. Eles também se juntam às trompas de Falópio, cujas franjas as alinham para formar uma bandeira.


Cada folículo ovariano contém um ócito, que mais tarde se tornará o óvulo. A estrutura dos folículos ovarianos varia de acordo com o estágio de maturação:

Folículo Primal: Designa um folículo ovariano cuja maturação ainda não é desencadeada. Este tipo de folículo corresponde ao que é encontrado principalmente na zona cortical.

Folículo primário: Corresponde ao primeiro estágio de maturação do folículo onde o ócito e as células circundantes crescem.

Folículo secundário: Nesta fase, várias camadas de epitélio se formam ao redor do oócito. Este último também continua a crescer. As células foliculares tomam o nome de células granulares.

Folículo secundário maduro: Uma camada de células se desenvolve ao redor do folículo, formando a teca folicular. Nesse estágio, o ócito secreta uma substância formando uma membrana espessa, a zona pelúcida. 


Tumores malignos (cancerosos) ou benignos (não-cancerosos) podem aparecer no ovário onde os folículos ovarianos estão localizados. Nestes casos, os sintomas podem incluir desconforto pélvico, distúrbios do ciclo menstrual ou dor.

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Thaiza Paula Martins

É o processo de formação dos ovócitos maduros. Este processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade, continuando até a menopausa.

Maturação pré-natal dos ovócitos: Durante a vida fetal inicial, as ovogônias se proliferam por divisões mitóticas para formar os ovócitos primários antes do nascimento. O ovócito primário circundado por uma camada de células epiteliais foliculares constitui um folículo primordial. Os ovócitos iniciam sua primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas param na prófase I (na fase do diplóteno) até a adolescência.

Maturação pós-natal dos ovócitos: Após o nascimento, não se forma mais nenhum ovócito primário, ao contrário do que ocorre no homem, e existem cerca de 2 milhões de ovócito primários. Estes permanecem em repouso até a puberdade, motivo responsável pela alta freqüência de erros meióticos que ocorrem com o aumento da idade materna. Na adolescência restam cerca de 40 mil e destes cerca de 400 tornam-se ovócitos secundários e são liberados na ovulação.

A partir da puberdade um folículo amadurece a cada mês, completa a primeira divisão meiótica e pára na metáfase da segunda divisão. Forma-se o ovócito secundário que recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar (célula pequena, não funcional, que logo degenera) recebe muito pouco.

Antes da ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas progride até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozóide penetra nesse ovócito, a segunda divisão é completada e novamente maior parte do citoplasma é mantida em uma célula, o ovócito fecundado. A outra célula, o segundo corpo polar, é uma célula também pequena, não funcional, que logo degenera (figura 1).

O Folículo Ovariano

O ovócito fica contido numa vesícula denominada folículo ovariano. A formação do folículo se inicia com cerca de 18 semanas, perto da metade da vida pré-natal. Inicialmente, o ovócito primário está envolvido por uma única camada de células epiteliais achatadas - folículo primordial - depois por uma camada de células cubóides ou colunares - folículo primário - a seguir por um epitélio estratificado - folículo secundário - e, finalmente, por células que delimitam uma cavidade cheia de líquido, o antro- folículo terciário ou vesicular.

Alguns dias após a menstruação, um novo folículo será escolhido (folículo dominante), o ovócito atinge a segunda divisão meiótica, aumenta rapidamente de tamanho mediante a produção de fluido intercelular, e atinge o estágio de folículo secundário e, posteriormente, de folículo terciário (folículo de DeGraaf). A maioria dos folículos secundários e terciários regride formando folículos atrésicos.

O ovócito adquire uma cobertura chamada zona pelúcida, que é secretada tanto pelo ovócito, como pelas células foliculares. Envoltório transparente, acelular, glicoprotéica que age como barreira para os espermatozóides. Depois da fertilização, ela bloqueia a poliespermia e protege o embrião. Durante a formação do antro, as células foliculares se comprimem periféricamente e formam o estrato granuloso, em torno do qual o estroma ovariano se condensa formando uma camada glandular, a teca interna. O desenvolvimento folicular completo e a ovulação dependem do estímulo do ovário pelo hormônio FSH e LH, provenientes da hipófise.

Ciclo Ovariano e Uterino

O eixo hipotálamo-hipófise-gonadal é responsável pela produção de hormônios gonadotróficos (FSH e LH) que dão inicio as mudanças cíclicas no ovário na puberdade. Estes hormônios por sua vez levam o ovário a secretar estrógeno e progesterona, responsável pelo ciclo uterino.  O ciclo uterino e ovariano prepara o sistema reprodutor para a gravidez (figura 2).

Ciclo ovariano: compreende a fase folicular e luteínica.

1) Fase folicular: Dura 12-16 dias. Iniciada pelo FSH, acompanhada pelo aumento de estrógeno, que tem um aumento rápido e desencadeia um aumento pré-ovulatório de LH, que induz a ovulação.

2) Fase luteínica: Dura 10-16 dias. Caracterizada por uma mudança na dominância de estrógenos para progesterona pela formação de um corpo lúteo.

Ciclo uterino: compreende a fase menstrual, proliferativa e secretora.

1) Menstruação: Abrange 4-5 dias durante os quais a membrana mucosa do endométrio descama e ocorre o sangramento. Os sinais ovarianos de queda do estrógeno e progesterona são essenciais.

2) Fase proliferativa: Após a menstruação, há um aumento do estímulo estrogênico, regenerando o endométrio, a partir das glândulas uterinas da camada basal.

3) Fase secretora: Depois da ovulação, o corpo lúteo secreta progesterona e estrógeno. O estroma uterino torna-se edemaciado e as células do estroma de hipertrofiam (reação da decídua) preparando-se para uma possível gravidez.

Bibliografia Consultada:

Moore KL, Persaud TVN. Embriologia clínica. 8a ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; 2008.

O’Rahilly R, Müller F. Embriologia & teratologia humanas. 3a ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2005.

Schoenwolf GC, Bleyl SB, Brauer PR, Francis-West PH. Larsen’s human embryology. 4th ed. Philadelphia: Churchill & Livingston; 2008.

Moore KL, Persaud TVN, Shiota K. Atlas colorido de embriologia clínica. 2a ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2002.

Moore KL, Persaud TVN. The developing human: clinically oriented embryology. 7th ed. Philadelphia: WB Saunders; 2003.

 

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