Um agente, primário e de bons antecedentes, subtraiu, sem violência ou grave ameaça, um boné da vitima, avaliado em R$50,00 (cinquenta reais). Comprovou-se, no processo, que o boné foi devolvido a vitima, que não experimentou qualquer tipo de prejuízo.
No caso acima:
I- Trata-se de hipótese de furto privileviado, pois a "coisa" é de pequeno valor e o agente faz jus à redução de pena.
II- Configura hipótese de crime de menor potencial ofensivo, sendo cabível a transação penal nos termos da Lei 9099/95, ficando o agente, se for o caso, obrigado a pagar uma "cesta básica".
III- Pode-se falar que, no presente caso, opera-se tão somente a tipicidade forma, isto é, adequação entre o fato praticado e a lei penal incriminadora, não havendo a tipicidade material compreendida como juízo de adequação capaz de lesar o bem jurídico tutelado.
IV- Aplica-se, no caso, o princípio da insignificância, que tem incidência em qualquer espécie de delito cujo valor em jogo seja pequeno.
Responda:
A) Somente a alternativa I está correta.
B) Somente a alternativa II está correta.
C) Somente a alternativa III está correta.
D) Somente a alternativa IV está correta.
E) Todas as alternativas estão corretas.
F) Todas as alternativas estão incorretas.
Dan Lyra
Alternativa D
A aplicação do princípio da insignificância, como causa de atipicidade da conduta e afastamento da pretensão punitiva, é cabível desde que presentes os alguns requisitos, tais como conduta minimamente ofensiva, ausência de periculosidade do agente, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e lesão jurídica inexpressiva, conforme entendimento do STJ. No caso concreto exposto, o acusado enquadra-se exatamente nos termos em que a aplicabilidade do princípio é perfeitamente aceitável. Dessa forma, a alternativa D seria a mais provável.
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