Questão 1
A partir do caso concreto, a seguir, redija uma argumentação jurídica, em quatro
parágrafos, no mínimo, de 4 a 6 linhas cada um deles. Os tipos de argumentos são de sua
livre escolha. Apresente sempre ao final, em separado, a conclusão.
Caso Concreto
Em 23 de fevereiro de 2015, a advogada Valentina de Almeida, engenheira, 24 anos,
moradora de Madureira, Rio e Janeiro, precisou viajar por dois dias, porque iria prestar
um concurso em Mato Grosso do Sul. Resolveu, então, deixar o seu cachorro de
estimação hospedado no Hotel para Cachorros e Clínica Veterinária Bons Companheiros,
de propriedade da veterinária Maria Flor de Jesus Cardoso, também situada em
Madureira, porque queria ter certeza de que o animal seria bem tratado durante a sua
ausência.
No dia seguinte, em 24 de fevereiro de 2015, ao telefonar para saber como estava o
animal, recebeu a notícia de que ele havia morrido, em decorrência de morte natural.
Abalada com a notícia, interrompeu a viagem, sem prestar o concurso público para
Procurador do Estado, que motivara a sua ausência, sem pensar sequer em todo o seu
investimento material, nesses últimos dois anos, na esperança de passar nesse concurso
público para maior ascensão profissional. Valentina ficou muito chocada com a perda do
animal de estimação, que criara desde um mês de vida do filhote, e com o qual convivia
há cerca de seis anos.
Valentina sentiu-se inconformada com a justificativa apresentada pela clínica, pois o
animalzinho encontrava-se bem quando lá foi deixado. Ao voltar, Valentina providenciou
a autópsia do animal e ficou constatado que a morte se deu em razão de ferimento por
instrumento cortante, provavelmente oriundo de mordedura. No laudo da autópsia consta
que a causa morte foi um trauma por instrumento corto-contundente, sendo os achados
consistentes com possível mordedurda. As fotografias digitalizadas que acompanham o
laudo demonstram um grande ferimento na região torácica que, conforme se constatou,
perfurou vasos coronários e causou a hemorragia.
Essa situação fática leva-se a crer que o cão de Valentina foi violentamente atacado por
outro animal e que, dos ferimentos decorrentes do ataque, culminou sua morte. Ao tomar
ciência do resultado da autópsia, Valentina acusou a clínica de negligência, pois assumiu
o dever de guarda do animal, mas, em direção contrária, descuidou-se, permitindo seu
contato direto com outros cães.
A dona da clínica negou a Valentina veementemente a versão do laudo e rechaçou a
alegação de que houve qualquer ferimento no cão capaz de resultar na sua morte.
Afirmou, ainda, que o animal não foi colocado em contato com outros, o que afasta
totalmente, segundo a dona da clínica, a possibilidade de que a morte tenha advindo de
um ataque de outro cachorro.
(Texto adaptado)
Siga este esquema para melhor aprimoramento do seu texto argumentativo:
Tese propriamente dita: ponto de partida
Argumento 1 + Argumento 2 + Argumento 3 + Argumento 4
Conclusão
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