O que são os elementos acidentais do negócio jurídico?

São três os elementos acidentais do negócio jurídico:

1) Condição: é a cláusula que subordina os efeitos do negócio a evento futuro e incerto. A condição pode ser:

 1.1) Suspensiva: o negócio só passa a produzir seus efeitos após a ocorrência do evento futuro e incerto esperado.

 1.2) Resolutiva: o negócio já vem produzindo efeitos, mas deixa de produzí-los se ocorre o evento futuro e incerto esperado.

 São condições ilícitas:

 1.1) As imorais ou de fazer coisa ilícita

 1.2) Puramente potestativa (vontade), ou seja, a que deixa o negócio ao puro arbítrio de uma das partes. A condição meramente potestativa é válida, pois algo escapa do controle do indivíduo.

 1.3) Perplexa: são as que privam os negócios de todos os seus efeitos.

 2) Termo: é a cláusula que subordina os efeitos do negócio a evento futuro e certo. O termo inicial impede o exercício, mas não a aquisição do direito.

 3) Encargo (ou modo): é um gravame após ato em ato de liberalidade (generosidade). Salvo disposição contrária o direito sujeito ao encargo já é adquirido e pode ser exercido desde logo. O descumprimento do encargo pode gerar a revogação do negócio.

Elementos acidentais[editar | editar código-fonte]

Os elementos acidentais (accidentalia negotii) são os que podem figurar ou não no negócio. Desnecessários à formação do ato, as partes deles se utilizam para modificar aeficácia do ato, adaptando-a a circunstâncias futuras. Estabelecidos em cláusulas acessórias, são a condição, o termo e o encargo ou modo. Não é a lei, mas sim as partes que os estabelecem, no exercício da autonomia privada.

• Condição: cláusula que subordina os efeitos do negócio jurídico a evento futuro e incerto (ex.: Se eu ganhar na loteria, compro um ornitorrinco).
  • Condição resolutiva - resolve o negócio jurídico.
  • Condição suspensiva - suspende o negócio jurídico.

• Termo: pode ser a data inicial (termo inicial ou dies a quo) ou data final (dies ad quem) dos efeitos do negócio jurídico. O lapso temporal entre a manifestação de vontade e o advento do termo é o prazo do negócio jurídico.

Não há de se confundir termo com prazo. Termo é o momento inicial ou final de um ato jurídico. Prazo é o lapso entre o termo inicial e o termo final.

• Encargo/Modo: é o ônus oriundo de um negócio jurídico gratuito (ex.: um milionário exige a uma fundação que o dinheiro doado seja investido na construção de uma escola).

São convenções acessórias que constituem autolimitação da vontade e são admitidas nos atos de natureza patrimonial em geral, mas não podem integrar os de caráter eminentemente pessoal, como os direitos de família e os direitos personalíssimos (ex.: casamento, reconhecimento de filhos, adoção, sucessões ).