DIREITO INTERNACIONAL

O dualismo é a corrente segundo a qual há duas ordens jurídicas impostas sobre o Estado que participa do Direito Internacional: interna e externa, que são independentes entre si. Os tratados serviriam somente para vincular um Estado com outro Estado, nas relações entre eles, não podendo nunca ter força dentro do território, ou criar vínculo obrigacional para os cidadãos de um país.

Esta teoria enfatiza a soberania dos Estados. Nesse sentido, ela impõe a necessidade de se reproduzir internamente as normas contidas nos tratados firmados, somente assim ela poderiam vigorar no âmbito interno.

Hans Kelsen defendia a existência de uma só ordem jurídica, de forma que a interna seria subordinada à internacional. Assim deveria haver uma única ordem jurídica, com respeito à hierarquia das normas, que visa prevenir contradições em um sistema.

Ocorre que existem ramificações nessas duas correntes. O dualismo, por exemplo, é dividido em dualismo radical ou dualismo moderado, segundo o qual basta um procedimento diferenciado pelo Legislativo, com vênia do Executivo, para que o tratado seja incorporado no direito nacional. Esta última (dualismo moderado) é a teoria adotada pelo Brasil.

O monismo, por sua vez, pode ser subdivido em monismo nacionalista, segundo o qual o sistema é uno mas a norma nacional (sobretudo a Constituição) é soberana; e monismo internacionalista, pelo qual as normas de Direito Internacional se sobrepõe às internas, em grau hierárquico, defendida por Kelsen.

CORRENTE PRIMARIA