O modelo de acumulação capitalista se popularizou nos centros hegemônicos (EUA, Canadá, Japão e Europa Ocidental) após a Segunda Guerra Mundial, os países passaram a mediar seu grau de civilização pelo seu nível de produção.
Nesse contexto, o padrão de acumulação combinava fortes ganhos de produtividade com crescimento do salário real, ou seja, integrava a massa do operariado à sociedade de consumo via políticas de distribuição de renda.
De um lado, portanto, a economia segue uma política keynesiana de acumulação e do outro os mecanismos institucionais de regulação sócio-econômica que articulam classes e grupos sociais estão no interior do Estado de Bem-Estar Social, afim de legitimar a acumulação sem deixar transparecer o conteúdo antagônico das classes sociais.
Refletindo essa avanço e conquistas reais na área social, os países centrais começaram a construção dos indicadores sociais. Indicadores sociais são construções, baseadas em observações, normalmente quantitativas, que nos dizem algo a respeito de um aspecto da vida social no qual estamos interessados ou a respeito das mudanças que nelas estão acontecendo.
Entretanto, os indicadores sociais foram usados, a priori, como elementos de promoção ou afirmação do sistema, sem atingir a estrutura do mesmo, ou seja, os indicadores sociais foram usados como parâmetros para a dita modernização, e usados como objetivo a ser alcançado dentro desse modelo econômico de acumulação.
O PIB per capita é o indicador que auxilia o conhecimento sobre o grau de desenvolvimento de um país e consiste na divisão do coeficiente da renda nacional (produto nacional bruto subtraído dos gastos de depreciação do capital e os impostos indiretos) pela sua população. Portanto é um indicador socioeconômico.
O principal motivo pelo qual a renda per capita não representa a realidade do desenvolvimento social refere-se ao fato de que ela não leva em conta o modo como a riqueza gerada é distribuída. Sendo assim, o Brasil, país essencialmente latifundiário, com uma grande parcela do capital concentrada em mãos de uma ínfima parcela populacional, tem a renda per capita de quase 10.000 dólares americanos (dados:2017), enquanto a grande maioria da população possui renda inferior a 5 salários mínimos (a referência para cálculo de alguns indicadores inflacionários).
Dessa forma, desprende-se que a renda per capita não considera a Paridade do Poder de Compra da população (PPC).
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