A aplicação da pena segue um processo de três fases. Na primeira fase, ocorre a fixação da pena-base, na segunda, da pena provisória e na terceira, da pena definitiva. É necessário esclarecer que o juiz deve, ao aplicar a pena, fundamentá-la, respeitar o devido processo legal e analisar o caso concreto, considerando que nenhum princípio é absoluto.
O juiz, ao fixar a pena-base (artigo 59 do Código Penal), na primeira fase de aplicação da pena, analisará as circunstâncias judiciais, são elas, a culpabilidade (dolo do agente, diferente da culpabilidade analisada nas circunstâncias do crime), os antecedentes (análise da vida regressa do indivíduo, ou seja, se ele já possui uma condenação transitada em julgado), a conduta social (relacionamento do indivíduo com a família, trabalho e sociedade), a personalidade do agente (se o indivíduo possui personalidade voltada para o crime), os motivos, as circunstâncias e conseqüências do crime, assim como o comportamento da vítima. É necessário ressaltar que, segundo a súmula 241 do STJ, “a reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial”.
Na segunda fase de aplicação da pena, ao fixar a pena provisória, o juiz considerará as circunstâncias agravantes (artigos 61 e 62 do Código Penal) e as circunstâncias atenuantes (artigos 65 e 66 do Código Penal). É necessário ressaltar também que, nesta fase, segundo a súmula 231 do STJ, “a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal”.
E por fim, na terceira fase de aplicação da pena, ao fixar a pena definitiva, o juiz considerará as causas de diminuição e de aumento da pena, presentes na Parte Geral e na Parte Especial do Código Penal.
A dosimetria da pena é feito de acordo com o artigo 68 do Código Penal que dispõe: A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
Desse modo, primeiramente o juiz deverá observar o artigo 59 do Código Penal onde está presente as 8 circunstâncias judiciais a seguir: culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos, circunstâncias, consequências do crime e comportamento da vítima.
Após isso ele vai verificar se no caso há alguma circunstância atenuante ou agravante.
Por fim ele verificará se existe no caso alguma causa de aumento ou de diminuição de pena.
Com a pena em concreto o juiz observará se é possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos conforme o artigo 44 do Código Penal. Se essa substituição não for cabível o juiz poderá ou não aplicar a suspensão condicional da pena, o famoso Sursis.
Os princípios analisados são:
Individualização da pena: o magistrado deve verificar a condição pessoal de cada indivíduo na aplicação da pena.
Vedação do Bis in idem: o criminoso não deve ser punido duas vezes pelo mesmo fato.
Legalidade: o criminoso só deve ser punido com crime previsto em lei.
Anterioridade: a lei penal deve ser anterior à prática do crime.
Culpabilidade: a pena base do crime deve ser proporcional à reprovação do crime praticado.
Presunção de inocência: caso o magistrado não tenha provas robustas ele deve absolver o acusado.
Humanidade: é vedada a aplicação de penas cruéis, perpétuas, de banimento,
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