Há grande celeuma a respeito da importância do foro por prerrogativa de função, havendo muitos autores favoráveis, bem como muitos autores contrários. Citemos alguns favoráveis:
Tourinho Filho, por exemplo, é favorável. Segundo ele, “poderá parecer, à primeira vista, que este tratamento especial conflitaria com o princípio de que todos são iguais perante a lei, e, ao mesmo tempo, entraria em choque com aquele outro que proíbe o foro privilegiado (...). O que a constituição veda e proíbe, como consequência do princípio de que todos são iguais perante a lei, é o foro privilegiado e não o foro especial em atenção à relevância, à majestade, à importância do cargo ou função que este ou aquela pessoa desempenhe. O privilégio decorre de benefício à pessoa, ao passo que a prerrogativa envolve a função”.
Mirabete também:
“A existência do foro por prerrogativa de função está fundada na utilidade pública, no princípio da ordem, na subordinação e na maior independência dos Tribunais Superiores. Segundo este autor, a necessidade do Foro por Prerrogativa de Função tem como base a utilidade pública, a manutenção da ordem e a independência dos Tribunais Superiores”.
Hidejalma Muccio assim dispõe: “O foro pela prerrogativa de função preserva não só o acusado, como também o prestígio da própria justiça, colocando a salvo de pressões indevidas ou interferências que comprometam a imparcialidade do julgamento. A supressão do foro por prerrogativa de função tornaria o julgamento proferido pelos Órgãos Jurisdicionais que julgam demais pessoas, não só foro fértil de decisões a favor do acusado (seja pelas pressões internas e externas, seja pelo estreitos laços de amizade e de trabalho, seja em razão de interesses pessoais e escusos de julgador), mas também propiciador de julgamento vingativos e parciais”.
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