O conflito de normas nada mais é do que duas ou mais normas disputando a regência de um mesmo fato típico, antijurídico e punível. Como o nosso ordenamento jurídico não permite tal conflito, sendo este forçosamente harmônico, partimos da premissa que o conflito existente será sempre aparente e nunca real, daí o porquê de se chamar conflito aparente de normas.
Para a resolução dos conflitos a doutrina clássica, representada por Bobbio, criou princípios de solução, quais sejam:
Critérios Gerais (Teoria Geral do Direito) - Bobbio
1) Hierarquia: a norma hierarquicamente superior prevalece sobre a norma inferior.
2) Cronologia: Entre normas de mesma hierarquia prevalece a de vigência posterior.
3) Especialidade: entre normas de mesma hierarquia e vigência coincidente a especial prevalece sobre a geral.
fonte: LFG
São espécies dos conflitos de normas. É que esse conflito pode se dar de fato ou apenas aparentar a existência de um conflito.
No conflito aparente, prima facie, duas norma se aplicariam ao mesmo caso concreto, mas logo percebemos que uma prevalecerá, pelos critérios hierárquico, cronológico ou da especialidade. Assim, norma superior prevalece sobre a inferior, norma posterior prevalece sobre a anterior e norma especial prevalece sobre a geral. Percebamos que as normas conflitantes em determinado caso permanecerão coexistindo, mas teremos uma definição de qual deva ser efetivamente aplicada.
No conflito real, os critérios mencionados não bastam para solução. Sendo assim, demandará maios esforço interpretativo para ver qual o caso prevalecerá, podendo utilizar argumentos doutrinários e jurisprudenciais e devendo utilizar os critérios do art. 4º, da LINDB: "Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de Direito"
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