Fica mais fácil com um exemplo. Imagine que seja feito um negócio jurídico seja firmado de um lado por três pessoas, duas delas capazes e outra relativamente incapaz, sendo estas devedoras da obrigação; e de outro lado um credor, capaz.
Os co-interessados capazes seriam os dois devedores maiores de 18 anos. Se a obrigação for divisível, a incapacidade relativa do terceiro devedor não poderá servir para esses co-interessados pedirem a anulação do negócio, já que será possível mensurar quanto era de obrigação de cada um (caso, por exemplo, de dívida pecuniária, em que o dinheiro é divisível entre os três).
Mas se o objeto do direito ou da obrigação desses três devedores for comum (por exemplo, dar um bem indivisível, como um animal ou um automóvel), a relativa incapacidade do terceiro devedor poderá aproveitar aos demais interessados capazes, conforme essa exceção que você não entendeu a princípio. É que neste caso não será possível dimensionar o quanto cada um deve, já que a obrigação é indivisível.
Bom primeiramente precisamos entender quem possui a capacidade relativa:
O relativamente incapaz é assistido, ou seja, ajudado. O ato que praticar sozinho será anulável, portanto anulidade ou nulidade relativa. São relativamente incapazes:
a) Os menores entre 16 e 18 anos.
b) O ébrio habitual.
c) O viciado em tóxicos.
d) Os deficientes mentais que tiverem o discernimento reduzido.
e) O excepcional sem desenvolvimento mental completo.
f) O pródigo (aquele que gasta imoderadamente seu patrimônio)
OBS: a incapacidade do pródigo limita-se a atos de disposição patrimonial, o pródigo, por exemplo, pode casar legalmente.
Voltando ao que nos interessa, o responsável pelo relativamente incapaz não pode se beneficiar da incapacidade relativa para benefício próprio ou aproveitada a aoutros interessados capazes, salvo se o objeto de Direito ou a obrigação for indivisível.
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Ciências Políticas e Teoria do Estado
•FARESC
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