O trabalho proibido, também denominado pela doutrina de trabalho juridicamente impossível, é o labor cujo exercício é proibido apenas para determinada categoria de trabalhadores. Nesse tipo de trabalho irregular, a prestação de serviço se desenvolve desrespeitando norma imperativa proibitiva em certas circunstâncias.
Um exemplo de contrato de trabalho com objeto proibido é o trabalho exercido por menor de 14 anos, bem como o do menor entre 16 a 18 anos em trabalho noturno ou em condição insalubre. O trabalho infantil além de proibido, envolve questões humanitárias e sociais.
Os contratos que possuem como objeto o trabalho proibido ou irregular são inválidos, mas produzem efeitos jurídicos enquanto existirem. No Direito do trabalho, a doutrina e a jurisprudência de regra conferem plenos direitos a este tipo de prestação de trabalho.
Nessas situações, a teoria trabalhista das nulidades é aplicada diretamente. No trabalho irregular em seu objeto, até que a nulidade seja declarada, o pacto deve surtir todos os efeitos legais, exatamente porque é impossível restituir-se ao trabalhador o "status quo" conforme preceitua o artigo 182 do Código Civil Brasileiro. Caso contrário, o trabalhador acabaria sendo prejudicado.
Ou seja, nesses casos o contrato de trabalho será extinto com efeitos ex nunc, sendo deferido ao trabalhador os direitos a que faz jus durante todo o período em que laborou, já que como ofereceu sua força de trabalho, mesmo que de forma irregular, não deve ser gerado o enriquecimento ilícito do empregador, caso contrário este iria se locupletar com os serviços prestados por aquele.
Em regra, o trabalhador receberá o que lhe for devido, como por exemplo, salários devidos, férias vencidas, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço etc. Sendo assim, nos casos em que crianças e adolescentes efetivamente prestam serviços, esses podem reclamar o que lhes cabe pelos serviços prestados, ainda que seja nulo o contrato de trabalho.
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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