Óleos minerais isolantes são derivados do petróleo, destinados à utilização em transformadores, chaves elétricas, reatores, dijuntores, religadores, etc.
Funções básicas:
* Isolante; e
* Refrigerante.
Para isolar deve estar livre de umidade e de contaminantes;
Para resfriar deve possuir baixa viscosidade e baixo ponto de fluidez para facilitar sua circulação.
Condições Ideais:
* Baixa viscosidade;
* Alto poder dielétrico; e
* Alto ponto de fulgor;
* Estar livre de ácidos, álcalis e enxofre corrosivo;
* Resiste à oxidação e à formação de borras;
* Ter baixo ponto de fluidez e não atacar os materiais usados na construção de transformadores;
* Ter baixa perda dielétrica e não contér produtos que possam agredir o homem ou o meio ambiente.
Propriedades físicas
* Viscosidade: deve ser baixa para circular com facilidade e dissipar adequadamente o calor.
* Ponto de Fulgor: para a segurança dos equipamentos com relação à possibilidade de
incêndios, deve-se assegurar um ponto de fulgor mínimo adequado.
* Ponto de Anilina: indica o poder de solvência do óleo por matérias com as quais entrará em
contato. Um baixo ponto de anilina indica maior solvência do produto, o que não é desejável.
* Tensão Interfacial: indica a existência de substâncias polares dissolvidas no óleo. Estas
substâncias prejudicam as propriedades dielétricas do óleo, além de contribuirem para o seu
envelhecimento. Um alto valor é desejável.
* Cor: o óleo isolante novo costuma ser claro. O escurecimento em serviço indica sua
deterioração.
* Ponto de Fluidez: sendo a temperatura abaixo da qual o óleo deixa de escoar, esta
característica deve ser compatível com a mínima temperatura em que o óleo vai ser utilizado. O
ensaio também ajuda na identificação do tipo de óleo: parafínico ou naftênico.
* Densidade: influi na capacidade de transmissão de calor do óleo. Nos óleos isolantes
encontra-se entre 0,850 e 0,900, estando mais próxima de um dos dois valores segundo sua
predominante composição em hidrocarbonetos (parafínicos ou naftênicos).
* Propriedades químicas
3.2.1 – Estabilidade à oxidação: é importante para o bom desempenho do óleo e durabilidade do
sistema isolante. A oxidação é decorrente da estocagem do óleo e das próprias condições de
operação dos equipamentos elétricos e se manifesta através de borra e de acidez do óleo. Estes
efeitos indesejáveis podem ser atenuados através da utilização de aditivos anti-oxidantes.
* Acidez e água: devem ser extremamente baixos para evitar a passagem de corrente elétrica,
reduzir a corrosão e aumentar a vida de todo o sistema.
* Compostos de enxofre (sulfatos): devem estar ausentes para evitar que o óleo cause
corrosão ao cobre e à prata existentes nos equipamentos.
* Tendência à evolução de gases: esta característica mede a tendência de um óleo
desprender ou absorver gases (normalmente o hidrogênio), sob determinadas condições.
Um valor positivo indica desprendimento de gases, enquanto que, um valor negativo significa
absorção de gases, importante para a operação segura do equipamento.
Propriedades elétricas
* Rigidez dielétrica: é a capacidade do óleo de resistir à passagem da corrente elétrica.
Quanto mais puro estiver o óleo, maior a rigidez dielétrica. Umidade, particulas sólidas e gases
dissolvidos prejudicam a capacidade isolante do óleo.
A rigidez dielétrica é fortemente afetada quando o óleo possui íons e partículas sólidas
higroscópicas. Neste caso é preciso tratar o óleo com aquecimento e filtragem.
* Fator de potência: é uma indicação das perdas dielétricas no óleo. O óleo será melhor,
quanto menores forem estas perdas. A condução de corrente nos óleos pode ser causada por
elétrons livres resultantes da ação do campo eletromagnético sobre as moléculas ou por partículas
carregadas.
O fator de potência mede a contaminação do óleo por água e contaminantes sólidos ou solúveis.
Amostra para ensaios físico-químicos
A retirada de amostras devem ser preferencialmente coletadas nos registros
dos equipamentos elétricos. Quando não for possível, a amostra poderá ser
retirada através da tampa de inspeção, utilizando pipetas, mangueiras ou
seringas.
Durante a amostragem devem ser observados os seguintes procedimentos:
– Limpar o registro de retirada do óleo;
– Conectar o dispositivo de amostragem apropriado no registro do
equipamento;
– Colocar uma bandeja de contenção ou qualquer outro material que evite o
derramamento de óleo no solo;
– Abrir vagarosamente o registro e deixar escoar um pouco de óleo sem
aproveitamento;
– Utilizar frasco de vidro de 1 litro com tampa rosqueável. O mesmo deve
estar limpo e completamente seco;
– Deixar escoar cerca de 200ml no frasco, fechar o registro e através de
movimentos rotatórios, enxaguar o frasco com o óleo;
– Descartar o óleo;
– Abrir o registro novamente e encher o frasco até o transbordamento. Fechar
o frasco e o registro imediatamente;
– Limpar cuidadosamente o frasco;
– Quando houver o tampão do registro, passar fita veda rosca antes de
conectá-lo novamente;
– Certificar-se de que o registro foi adequadamente fechado e não há
vazamentos;
– Identificar a amostra corretamente;
– Armazenar os frasco em local escuro até o envio ao laboratório.
Amostra para ensaios cromatográficos
A retirada de amostras devem ser preferencialmente coletadas nos
registros dos equipamentos elétricos. Quando não for possível, a amostra
poderá ser retirada através da tampa de inspeção, utilizando seringas.
Durante a amostragem devem ser observados os seguintes procedimentos:
– Limpar o registro de retirada do óleo;
Conectar o dispositivo de amostragem apropriado no registro do
equipamento;
– Colocar uma bandeja de contenção ou qualquer outro material que evite o
derramamento de óleo no solo;
– Abrir vagarosamente o registro e deixar escoar um pouco de óleo sem
aproveitamento;
– Utilizar seringa de no mínimo 20ml de capacidade volumétrica, limpa e
seca;
– Conectar a torneira de 3 vias no dispositivo de amostragem e então abrir o
registro de forma que o óleo penetre lentamente na seringa. O êmbolo não
deve ser puxado, mas permitido que recue sob a pressão da coluna de
óleo;
– Descartar o óleo;
– Repetir a operação de enchimento da seringa com um volume superior ao
graduado na mesma;
– Fechar a torneira de 3 vias e, em seguida, a válvula de amostragem;
– Desconectar a seringa com a torneira de 3 vias do dispositivo de
amostragem;
– Caso se verifique a presença de bolhas, segurar a seringa verticalmente
(torneira para cima) e pressionar o êmbolo de modo a eliminar as bolas
existentes. Fechar imediatamente a torneira (seringa na posição vertical);
– Limpar cuidadosamente a seringa e acondicionar em caixa apropriada;
– Identificar corretamente a amostra.
A Engelétrica executa o tratamento de óleo mineral isolante em transformadores desenergizados, em campo e com total segurança.
Visando a melhor técnica a Engelétrica segue um rígido procedimento que inclui a análise fisicofisico-química ou cromatográfica, em laboratório independente, e uma recomendação complementar baseada em sua experiência.
Procedimentos repetidos e sem a avaliação de um laboratório qualificado torna-se uma rotina pouco eficaz, assim a primeira coisa a se observar é a real necessidade do tratamento.
Quando uma amostra de óleo é encaminhada ao laboratório é esperado um dos três resultados possíveis:
– Aceitável;
– Tratamento;
– Substituir.
Quando o resultado obtido é “ACEITÁVEL” nenhuma atividade complementar é recomendada, apenas o monitoramento por meio de nova análise em um período preestabelecido.
Caso o resultado seja “TRATAMENTO” a Engelétrica, após analise complementar, e se julgar cabível, recomendará o tratamento termo-vacuo.
Quando o resultado é “SUBSTITUIR” significa que não há viabilidade técnica ou econômica para a sua recuperação através dos processos de filtragem.
Observações:
• Durante o processo de tratamento termo-vacuo são retiradas amostras do óleo a cada 30 minutos para os testes de rigidez. O processo somente é interrompido após ser observada a estabilidade dos valores medidos;
• O sistema de tratamento é instalado de forma a criar um circuito fechado evitando a aeração do óleo;
• A água e o calor são os dois maiores inimigos da isolação dos transformadores;
• A deterioração das isolações sólida e líquida se realiza em presença de catalisadores (ferro, cobre, água, etc.). Os produtos da deterioração da isolação podem também agir como catalisadores e aceleradores do processo;
• A deterioração da isolação da origem a água e outros produtos prejudicando seu poder dielétrico;
• As condições podem tornar-se propicias à formação descargas parciais que levam a ionização e à condução;
• Havendo continuidade do processo poderá ocorrer a formação de corona, e finalmente a falha de isolação;
• O processo de deterioração ou envelhecimento da isolação do transformador inicia-se quando o mesmo é cheio com o óleo na fábrica;
• A aeração do óleo, contato do óleo com o ar, deve ser evitada;
• Os primeiros produtos derivados da deterioração do óleo são os hidroperóxidos. Em seguida, formam-se os ácidos em conjunto com outros compostos. Os derivados finais formam a borra;
• Óleo contaminado é diferente de óleo deteriorado ou envelhecido.
Compartilhar