Olá,
a Escola dos Annales foi formada por um grupo de historiadores, na década de 1930, que passaram a trabalhar uma nova forma de interpretação da História, teoricamente, mais aprofundada e com ampla base documental. Nos anos iniciais, o grupo que trabalhava em torno do jornal Annales d'histoire économique et sociale, lançou figuras importantes no cenário historiográfico, como Marc Bloch e Lucien Febvre.
Em resumo, buscaram romper com uma historicidade postivista do século XIX que sobressaltava a influência dos heróis e dos fatos históricos. Para os historiadores dos Annales, a compreensão dos episódios históricos demanadava um aprofundamento teórico e prático (documental) muito mais profundo, levando em consideração, por exemplo, aspectos econômicos.
A partir disso, novos historiadores somaram forças aos Annales, como Fernad Braudel, que levou adiante uma análise de curta, média e "longa duração" das sociedades humanas, no livro Mediterrâneo.
A Nova História Cultural, fenômeno muito mais recente na historiografia, se autointitula como herdeira dos Annales. Essa nova linhagem de historiadores busca fazer uma análise daquelas coisas que não aparecem nos grandes fatos, principalmente, elementos da cultura. Cotidiano, crenças, costumes, hábitos, etc, são estudados para tentar reconstruir e contar a História da humanidade a partir do que é não é visto, do que é invisível na História.
De uma maneira geral, a Nova História Cultural é amplamente criticada pela linhagem marxista, uma vez que não buscam uma estrutura geral para as sociedade e focam em questões que os marxistas consideram menores e transitórias, não as fontes da verdade, como por exemplo: a luta de classes, a exploração do trabalhador, etc.
Att,
Equipe Terra à Vista
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