Compare a resposta da FC ao exercício nos indivíduos com quadriplegia e coração transplantado. Como a ausência da inervação cardíaca parassimpática afeta a resposta da FC ao exercício?
Os transplantados apresentam valores de freqüência cardíaca de repouso mais elevados, entre 14 e 26 bpm, do que indivíduos normais (SALLES, 2000), em virtude da ausência de inervação parassimpática. Devido a denervação (tanto simpática como parassimpática) pós-transplante cardíaco, a regulação da freqüência cardíaca faz-se via humoral, na dependência de níveis hormonais, a mais importante são as catecolaminas liberadas pela supra renal. Entretanto, a freqüência cardíaca sub-máxima permanece significativamente mais elevada nos transplantados em relação ao controle, até níveis de 50% do exercício máximo (SALLES, 2000).
O indivíduo com quadriplegia tem uma lesão espinhal transversa no nível C7-C8, resultando na perda do controle simpático e motor abaixo do nível da lesão. Entretanto, a inervação parassimpática para o coração é mantida. Este indivíduo é limitado a realizar exercício com o braço (cicloergômetro p/ braço), o que influencia diretamente a carga máxima de trabalho, o retorno venoso e a função cardiovascular.
Portanto, Indivíduos com transplante de coração e com quadriplegia, não possuem inervação simpática para o coração, entretanto, o indivíduo com quadriplegia possui inervação cardíaca parassimpática. Assim, em transplantados, os valores de freqüência cardíaca de repouso são mais elevados.
Fonte:http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=96
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