Segundo Giuseppe Chiovenda, "o escopo da jurisdição consiste na atuação da vontade concreta da lei por meio da substitutividade das partes, portanto, na substituição da atividade privada pela pública".
Para Marco Tullio Zanzucchi, o "escopo da jurisdição possui duas divisões, uma imediata e outra mediata. A primeira consiste na realização dos interesses que ficaram insatisfeitos, e no mediato em razão da integração do direito objetivo. Verifica-se, pois, que a jurisdição, harmonizando os doutos referidos, teria por objetivo substituir as partes e satisfazer a pretensão da parte, ao mesmo passo que reintegrar a eficácia do direito objetivo, ou seja, assegurar ao pretendente aquilo que lhe seria por direito se a lei fosse respeitada".
Para outros, o escopo da jurisdição é a atuação (cumprimento, realização) das normas de direito substancial (direito objetivo). Em outras palavras: o escopo da jurisdição seria, então, a correta aplicação do direito e a justa composição da lide, ou seja, o estabelecimento da norma de direito material que disciplina o caso, dando a cada um o que é seu.
São características da jurisdição a substitutividade, a exclusividade, a imparcialidade, o monopólio do Estado, a inércia e a unidade.
Segundo Chivenda, o juiz, ao decidir, substitui a vontade dos conflitantes pela dele.
É aptidão para formar a coisa julgada material. Somente a atividade jurisdicional tem a capacidade de fazer algo se tornar indiscutível.
Quem julga é um terceiro que é estranho ao conflito, que não pode ser interessado no resultado do processo.
Como o nome já diz, apenas ó o Estado pode exercer a jurisdição. Estado é que julga ou que diz quem pode julgar.
A jurisdição age por provocação, sem a qual não ocorre o seu exercício.
A jurisdição é una. O poder, no entanto, pode ser dividido em pedaços, que recebem o nome de competência.
Fonte:
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1689/Jurisdicao-conceito-escopos-e-especies
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