Há uma grande diferença entre os conceitos da responsabilidade subsidiária dos sócios e a desconsideração da personalidade jurídica.
Ambos os conceitos se relacionam com a ideia de limitação da responsabilidade dos sócios e da separação patrimonial dos sócios e da sociedade.
No caso da responsabilidade subsidiária, há uma ordem de preferência na responsabilização. Primeiro executa-se o patrimônio da sociedade (Pessoa Jurídica) e, caso não exista patrimônio suficiente, executa-se o patrimônio dos sócios (Pessoa Natural). Deste modo se dá nas sociedades simples, conforme o disposto no artigo 1.024 do Código Civil:
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
Já na desconsideração da personalidade jurídica, não há responsabilidade subsidiária dos sócios. O patrimônio dos sócios não é responsabilizável prima facie. Há a limitação da responsabilidade dos sócios pelas dívidas e obrigações contraídas pela sociedade. Assim, nos casos de abuso de direito, desvio de finalidade ou confusão patrimonial, pode-se suplantar a proteção da pessoa jurídica e responsabilizar o patrimônio dos sócios.
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