Não só faz mal, como mata. O problema é a quantidade exagerada de sais, principalmente cloreto de sódio (o sal de cozinha), que existe na água do mar. Apenas 0,9% do nosso sangue é composto por sais, enquanto na água do mar a concentração é de 4%. Se uma pessoa mata a sede bebendo essa água supersalgada, seu intestino recebe uma quantidade de sal muito maior do que a que existe no sangue que circula pelos vasinhos da parede do tubo digestivo. Em razão de um processo natural - a osmose -, a solução mais concentrada tende a puxar a água da solução menos concentrada para tentar chegar a um equilíbrio. Como a membrana que compõe os vasos sanguíneos não permite a passagem de partículas sólidas, o sal fica retido no plasma do sangue, deixando-o muito mais concentrado do que o normal. Assim acontece a desidratação, que, para piorar, faz com que o corpo peça mais água. O problema é que a água que pode fazer a concentração do sangue voltar ao normal é a água pura (ou o soro fisiológico, que tem a mesma concentração de sal que o plasma) e não a salgada, que só piora o problema.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar