Podemos relacionar a Macroeconomia com o sistema Capitalista, sendo que tal relação fica evidente ao analisarmos a crise de 2008.
Desde 2007 estamos numa nova crise sistêmica. Notemos que a cada crise sistêmica no passado se sucederam longos períodos de complicados reajustamentos até que uma nova estrutura social de acumulação se consolidasse. O mesmo deverá ocorrer. Os principais componentes de uma estrutura social de acumulação são: as relações entre o capital e o trabalho, as relações entre os diferentes capitais, as instituições financeiras, o papel do governo, as relações e instituições internacionais, a coalizão política dominante.
Na atual estrutura social de acumulação temos, por exemplo, nas relações entre o capital e o trabalho: o declínio dos sindicatos de trabalhadores do setor privado, crescimento da produtividade sem aumento dos salários, introdução da informática e flexibilização do trabalho, expansão do segmento de baixos salários no setor de serviços, baixos salários mínimos, empregos temporários e imigração.
Quanto ao futuro, parecem concorrer dois modelos: um corporativo de livre-mercado, em que as classes trabalhadoras continuam fracas e os grandes negócios, particularmente os setores financeiros, controlam as reformas; um novo modelo social-democrata, em que os ganhos dos salários (e também dos benefícios sociais) acompanham os ganhos da produtividade.
Enquanto o modelo corporativo não parece capaz de impedir o surgimento de novas bolhas e de novos estouros de bolhas, o social-democrata impõe restrições aos ganhos dos altos executivos, o renascimento das classes trabalhadoras como fator político de peso e um salário mínimo indexado e uma estrita regulação financeira – inclusive em termos internacionais.
Fonte:
https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/89/o-capitalismo-e-suas-crises-4658.html
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar