Buscar

Visao geral da conjuntura

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
José Ronaldo de Castro Souza 
Júnior
Diretor da Diretoria de Estudos e Políticas 
Macroeconômicas (Dimac)
ronaldo.souza@ipea.gov.br
Paulo Mansur Levy
Técnico de Planejamento e Pesquisa da 
Dimac
 
paulo.levy@ipea.gov.br
Marco Antônio F. de H. Cavalcanti
Diretor adjuto da Dimac
marco.cavalcanti@ipea.gov.br
SEÇÃO X
Visão Geral da Conjuntura
NÚMERO 36 — 3 ˚ TRIMESTRE DE 2017
Sumário
Após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 
2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no início 
de setembro – que apontou um crescimento de 0,2% na comparação dessa-
zonalizada com o trimestre anterior e de 0,3% ante o segundo trimestre de 
2016, a primeira variação interanual positiva depois de 12 trimestres – teve 
lugar um processo de revisão ampla das projeções de crescimento para este 
ano e o próximo. Na véspera da divulgação, as medianas das projeções de 
mercado (captadas pelo Boletim Focus do Banco Central do Brasil – BCB) 
indicavam crescimento de 0,4% em 2017 e 2,0% em 2018. Passadas três se-
manas, essas projeções passaram a 0,68% e 2,3%, respectivamente, refletin-
do tanto o próprio resultado divulgado quanto a mudança de percepção em 
relação às possíveis consequências do aumento recente da incerteza política, 
que vem se mostrando menos deletério, do ponto de vista econômico, do 
que as avaliações iniciais indicavam. O Grupo de Conjuntura do Ipea tam-
bém reviu suas projeções condicionais a um cenário de relativa estabilidade 
macroeconômica, a ser detalhado nesta seção da Carta de Conjuntura. Para 
2017, o Grupo projeta um crescimento de 0,7%, em linha com as previsões 
de mercado; para 2018, espera-se que o crescimento aumente para 2,6%, 
mais que a mediana das projeções do mercado. Inicialmente, esta seção 
apresenta uma resenha da conjuntura econômica brasileira, que serviu de 
base para a elaboração do cenário para o período de 2017/2018; em seguida, 
são discutidas as projeções macroeconômicas.
1 Reversão Cíclica 
O resultado do PIB do segundo trimestre veio melhor que as expectativas do 
mercado às vésperas da divulgação do IBGE; no final de julho, a expectativa 
mediana na Focus era de queda, com uma variação dessazonalizada de 0,2% 
negativo. Em particular, as maiores surpresas positivas foram o desempenho 
da indústria e dos serviços, por um lado, e o significativo crescimento do 
consumo das famílias, por outro. Confirma-se assim a percepção delineada 
na Carta de Conjuntura do primeiro trimestre, de que o país deixou para 
trás a recessão, como se pode depreender também dos últimos indicadores 
de produção industrial (o Indicador Ipea da produção industrial de agosto 
TEXTO ELABORADO COM INFORMAÇÕES 
DISPONÍVEIS ATÉ O DIA 27/09/2017
2
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
aponta para uma nova alta mensal, de 0,2%, após aumento de 0,8% em ju-
lho) e vendas no varejo (alta de 2,6% em agosto projetada pelo Indicador 
Ipea do Comércio, após elevação de 0,2% em julho no conceito ampliado). 
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho teve 
variação de 0,4% ante junho, e de 1,4% ante julho do ano passado. O Indi-
cador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em julho aumentou 
1,1% em relação a junho, resultado que poderia ter sido ainda maior (de 
1,4%) não fosse a exportação ficta de uma plataforma de petróleo que redu-
ziu o consumo aparente de bens de capital no mês, provocando uma queda 
de 3,6% dessa variável, compensada pelo aumento de 1,4% da construção 
civil, a segunda consecutiva.1
1 Exportação ficta é utilizada no regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa 
e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural (Repetro), “sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro e posterior aplicação do 
regime aduaneiro especial de admissão temporária, no caso de bens de fabricação nacional, vendidos a pessoa jurídica domiciliada no exterior”, de acordo com a 
Receita Federal.
GRÁFICO 1
Produção da Indústria geral - PIM-PF
(Em %)
GRÁFICO 3
Produção de bens de capital - PIM-PF
( Em %)
Fonte: IBGE e Ipea.
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
Fonte: IBGE, BCB e Ipea .
Elaboração: Grupo de Conjuntura/Dimac/Ipea
GRÁFICO 2
Vendas no varejo (ampliado) - PMC
(Em %)
GRÁFICO 4
Produção de bens de consumo duráveis - PIM-PF
(Em %)
Fonte: IBGE e Ipea.
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
Fonte: IBGE.
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
-5,2
7,8
0,4
8,8
2,2
4,1
1,5 1,9
abr/17 mai/17 jun/17 jul/17
variação contra o mesmo período do ano anterior
Variação contra o período anterior
0,6
20,9
5,3
8,1
2,6
6,4
-5,6
2,7
abr/17 mai/17 jun/17 jul/17
variação contra o mesmo período do ano anterior
Variação contra o período anterior
-0,6
4,9 4,3
5,8
13,1
1,4
-0,2
2,3
0,2
2,6
abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17
variação contra o mesmo período do ano anterior
Variação contra o período anterior
Previsão
-4,3
4,1
0,6
2,5
5,3
1,2 1,2
0,2
0,8
0,2
abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17
variação contra o mesmo período do ano anterior
Variação contra o período anterior
Previsão
https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/repetro/topicos/2-disposicoes-gerais/aspectos-tributarios
3
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
A recuperação da atividade econômica, após quase três anos de recessão, 
decorre de diversos fatores. Em primeiro lugar, ao final de um ciclo de ajuste 
de estoques, ao longo do qual a produção num primeiro momento cai mais 
que a demanda, o volume de produção volta a crescer posteriormente, mes-
mo que a demanda ainda não tenha recuperado seu nível inicial. Embora os 
dados de variação de estoques das contas trimestrais do IBGE sejam muito 
influenciados pelo comportamento dos produtos agrícolas, nota-se que a 
variação de estoques teve influência positiva sobre o PIB recentemente, con-
tribuindo com 1,2, 2,7 e 0,6 pontos percentuais para variações interanuais do 
PIB de -2,5%, -0,4% e 0,3% no último trimestre de 2016 e dois primeiros 
trimestres de 2017, respectivamente. Os indicadores de estoques da Funda-
ção Getúlio Vargas (FGV) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 
obtidos a partir de sondagens empresariais na indústria, mostram, ainda que 
de maneira menos evidente, uma redução do percentual de empresários que 
consideram excessivos os estoques. Essa redução teria ocorrido principal-
mente ao longo da segunda metade de 2015 e em 2016. Em 2017, a percep-
ção em relação ao nível de estoques indica certa estabilidade em patamar 
ainda correspondente a estoques excessivos no caso da FGV e pequeno 
crescimento, também passando ao nível em que os estoques efetivos são 
superiores ao planejado, no caso da CNI.
Um segundo fator que contribuiu para impulsionar a atividade econômica 
ao longo dos últimos meses, e que, da mesma forma que os estoques, deve 
ter efeito direto transitório sobre o crescimento, foi a liberação de recursos 
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Foram liberados cerca 
de R$ 42 bilhões entre março e julho de 2017, o que equivale a cerca de 4% 
do valor do consumo das famílias num trimestre. Mesmo considerando que 
boa parte desse valor não tenha sido direcionado para o consumo – pesqui-
sa realizada pela FGV em maio indicava uma maior intenção das famílias 
em utilizar os recursos para pagar dívidas em atraso e para poupar – seu 
impacto pode ter sido importante, principalmente quando se observa que 
as vendas no varejo tiveram comportamento bastante favorável no período, 
tendo crescido em média 0,7% ao mês no conceito restrito e 1,2% ao mês 
no conceito ampliado. Vale destacar ainda que a utilização de parte desses 
recursos para o pagamento de dívidas gera um efeito secundário de caráter 
mais duradouro sobre o consumo, pois libera uma parte do orçamento fami-
liar anteriormente comprometida com os serviços da dívida.
A forte queda da inflação e a redução dataxa de juros também vêm con-
tribuindo para a retomada da atividade econômica, com efeitos que ainda 
devem se manifestar nos trimestres à frente. O impacto da redução do preço 
4
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
de alimentos – queda acumulada de 2% nos últimos doze meses até agosto, 
ante variação acumulada de 14% nos doze meses até agosto de 2016 – certa-
mente deve ter contribuído para permitir uma ampliação do consumo, espe-
cialmente nas famílias de baixa renda para as quais o componente Alimenta-
ção tem um peso relativamente elevado. O efeito da recessão sobre o setor 
serviços – cuja inflação em 12 meses caiu de 7,4% em agosto de 2016 para 
4,8% em igual mês de 2017 – e o aumento da credibilidade do Banco Central 
quanto ao compromisso de perseguir a meta de inflação também foram fa-
tores importantes, ao lado da queda da inflação dos alimentos, para permitir 
uma redução agressiva da taxa básica de juros, de 14,25% ao ano em agosto 
do ano passado para 8,25% ao ano, conforme a última reunião do Comitê de 
Política Monetária (Copom), no início de setembro. É importante destacar 
que essa redução agressiva foi possível devido à recuperação da credibilida-
de do Banco Central e à ancoragem das expectativas, que convergiram para 
as metas de inflação a partir do início deste ano – como mostra o gráfico 5. 
O Brasil alcança assim taxas de juros reais inéditas em sua história num con-
texto de inflação sob controle: a expectativa de juros reais para os próximos 
12 meses encontra-se em 3,2% ao ano e, para o horizonte de cinco anos, 
menor que 5% ao ano – de acordo com estrutura a termo da taxa de juros 
(ETTJ) mostrada no gráfico 6. Como pano de fundo desse processo está 
uma situação econômica internacional favorável ao combinar retomada do 
crescimento dos países industrializados e da China com relativa estabilidade 
financeira que tem garantido fluxos de capital significativos para os países 
emergentes, o Brasil entre eles.
O comportamento do mercado de trabalho nos últimos meses, apesar da 
taxa de desemprego ainda elevada, passou a reforçar a retomada da atividade 
econômica à medida que o processo de recuperação foi ficando mais nítido, 
conjugando redução da taxa de desocupação com expansão dos rendimen-
GRÁFICO 5
Expectativas de mercado para IPCA - Mediana 
(Em %)
Fonte: Sistema de Expectativa de Mercado do BCB.
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
GRÁFICO 6
Estrutura a termo da taxa de juros ( ETTJ) - Juros 
reais acima do IPCA
(Em %)
Fonte: Anbima.
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
3,42 3,40
3,67
3,98
4,23
4,43
4,58
4,69 4,78
4,85 4,90
4,95 4,99 5,02
5,05 5,08 5,10 5,12
3,18 3,16
3,41
3,70
3,95
4,16
4,32
4,44
4,54
4,62 4,68
4,73 4,77 4,81
4,84 4,87 4,89 4,91
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
11 ,5 22 ,5 33 ,5 44 ,5 55 ,5 66 ,5 77 ,588 ,5 99 ,5
%
Anos
25/08/2017 22/09/2017
3,42 3,40
3,67
3,98
4,23
4,43
4,58
4,69 4,78
4,85 4,90
4,95 4,99 5,02
5,05 5,08 5,10 5,12
3,18 3,16
3,41
3,70
3,95
4,16
4,32
4,44
4,54
4,62 4,68
4,73 4,77 4,81
4,84 4,87 4,89 4,91
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
1 1,
5 2 2,
5 3 3,
5 4 4,
5 5 5,
5 6 6,
5 7 7,
5 8 8,
5 9 9,
5
Anos
25/08/2017 22/09/2017
2,97
4,08
4,25
4,00
2,8
3,3
3,8
4,3
4,8
5,3
5,8
6,3
18
/1
2/
20
15
19
/0
1/
20
16
18
/0
2/
20
16
17
/0
3/
20
16
15
/0
4/
20
16
16
/0
5/
20
16
14
/0
6/
20
16
12
/0
7/
20
16
09
/0
8/
20
16
06
/0
9/
20
16
05
/1
0/
20
16
04
/1
1/
20
16
05
/1
2/
20
16
02
/0
1/
20
17
30
/0
1/
20
17
01
/0
3/
20
17
29
/0
3/
20
17
28
/0
4/
20
17
29
/0
5/
20
17
27
/0
6/
20
17
25
/0
7/
20
17
22
/0
8/
20
17
20
/0
9/
20
17
2017 2018 2019 2020
5
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
tos reais. Esta queda do desemprego, mesmo em um cenário de elevação da 
taxa de participação, foi possibilitada pelo aumento da população ocupada, 
que registrou a primeira variação interanual positiva desde o trimestre móvel 
encerrado em agosto de 2015. O aumento da taxa de participação, por seu 
turno, estaria refletindo a redução do desalento: o percentual de pessoas em 
idade ativa que se encontravam fora da população economicamente ativa 
(PEA) por não acreditarem que conseguiriam ocupação caiu 2,5 pontos per-
centuais no segundo trimestre em relação ao primeiro, de 47,2% para 44,7% 
– a primeira redução desde o primeiro trimestre de 2015, quando esse índice 
era igual a 25% da população em idade ativa (PIA).
Ao contrário da ocupação, que só recentemente começou a apresentar sinais 
de recuperação, os rendimentos do trabalho já mostram, há pelo menos 
três trimestres, uma dinâmica favorável. No trimestre móvel encerrado em 
julho, o rendimento médio real registrou crescimento de 3% em relação a 
igual período de 2016. Dois fatores ajudam a explicar esse comportamento: 
a forte queda da inflação em um contexto de correções salariais pela inflação 
passada e um efeito composição, que reflete o fato de que, numa situação de 
recessão, os primeiros a serem demitidos são os trabalhadores de mais baixa 
qualificação e, portanto, com salários mais baixos. Dessa forma, o rendimen-
to médio real tende a crescer mesmo na ausência de reajustes.
O aumento da massa real de rendimentos do trabalho, a queda da taxa real 
de juros, a retomada da confiança dos consumidores e a perspectiva de uma 
inflação abaixo da meta apontam para uma retomada mais vigorosa do con-
sumo. No segundo trimestre, o consumo das famílias contribuiu com 0,5 
ponto percentual para a variação interanual do PIB, tendo crescido 1,4% 
ante o primeiro trimestre na comparação dessazonalizada. 
Os investimentos, por outro lado, embora tenham apresentado novo resul-
tado negativo no dado trimestral do IBGE (a décima quinta redução conse-
cutiva), têm mostrado moderada recuperação na margem de acordo com o 
Indicador Ipea Mensal de FBCF – Tabela 1.
TABELA 1
Taxas de crescimento do Indicador Ipea de FBCF - exclusive “exportação ficta”
(Em %)
* Sazonalmente ajustado pelo Ipea (método X-13).
** Trimestre terminado no mês de referência da divulgação.
Fonte: Ipea.
Elaboração: Grupo de Conjuntura Dimac/Ipea.
 
 
Contra Período Anterior 
Dessazonalizado* Contra Igual Período do Ano Anterior Acumulado 
Mai17 Jun17 Jul17 TRIM** Mai17 Jun17 Jul17 TRIM No Ano Em 12 Meses 
Formação Bruta de Capital Fixo -0,1 0,7 1,3 -0,1 -2,3 -10,2 -1,6 -4,8 -4,6 -5,4 
Máquinas e Equipamentos 2,6 1,2 -1,2 2,9 9,9 -16,2 2,3 -2,4 -1,3 -2,7 
Construção Civil -1,4 2,4 1,4 -0,7 -8,4 -6,2 -3,7 -6,1 -6,4 -6,7 
 
6
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
Os baixos níveis de utilização da capacidade instalada – em agosto, segundo 
o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, esse índice na indústria 
foi de 74,1%, para uma média histórica de 80,7% –, no entanto, podem 
dificultar uma reação mais forte dos investimentos a curto prazo apesar da 
recuperação dos índices de confiança empresarial nos três últimos meses 
após a queda registrada em junho. Além disso, mesmo após essa recuperação 
da confiança empresarial, que já dura dois anos, seu nível ainda não ultra-
passou a marca de 100 pontos além da qual a visão das condições atuais e 
as expectativas quanto ao futuro pode ser caracterizada como otimista. Sim-
plesmente parece haver muitas incertezas quanto ao futuro – principalmente 
as de natureza política – para que a recuperação da confiança se traduza em 
aumento dos investimentos. Por outro lado, o recente aumento observado 
no consumo aparente de bens de capital, após a exclusão de fatores atípicos, 
pode estar indicando um esforço por parte das empresas visando a redução 
de custos e aumento da eficiência.
2 Importância da Questão Fiscal 
De forma geral, os dados recentes mostram uma recuperação paulatina da 
atividade econômica, taxas de inflação em níveis consideravelmente baixos 
para os padrões brasileiros e uma situação bastante confortável em relação 
às contas externas. Além disso, o bom desempenho da economiamundial 
aliado à grande liquidez internacional continuam a contribuir positivamente 
para a economia brasileira.
Nesse contexto de melhora geral dos indicadores macroeconômicos, o de-
sajuste fiscal estrutural, que coloca em risco a sustentabilidade da dívida 
GRÁFICO 7
Indicadores de confiança (mai./2009 - set./2017).
(Índice dessazonalizado).
* Índice de serviços com dados até Agosto de 2017.
Fonte: IBRE/FGV.
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
GRÁFICO 8
Indicadores de confiança ( jan./2016 - set./2017)
(Variação acumulada, em %)
* Índice de serviços com dados até Agosto de 2017.
Fonte: IBRE/FGV.
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
60
70
80
90
100
110
120
m
ai
/0
9
ou
t/
09
m
ar
/1
0
ag
o/
10
ja
n/
11
ju
n/
11
no
v/
11
ab
r/
12
se
t/
12
fe
v/
13
ju
l/1
3
de
z/
13
m
ai
/1
4
ou
t/
14
m
ar
/1
5
ag
o/
15
ja
n/
16
ju
n/
16
no
v/
16
ab
r/
17
se
t/
17
Indústria Comércio Construção Serviços
OTIMISTA
PESSIMISTA
19,5
34,2
18,8
-2,8
21,0
36
21,5
10,9
22,2
35,7
23,3 23,5
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Indústria Comércio Serviços Construção Civil
Situação Atual Indice de Confiança Expecta�vas
60
70
80
90
100
110
120
m
ai
/0
9
ou
t/
09
m
ar
/1
0
ag
o/
10
ja
n/
11
ju
n/
11
no
v/
11
ab
r/
12
se
t/
12
fe
v/
13
ju
l/1
3
de
z/
13
m
ai
/1
4
ou
t/
14
m
ar
/1
5
ag
o/
15
ja
n/
16
ju
n/
16
no
v/
16
ab
r/
17
se
t/
17
Indústria Comércio Construção Serviços
OTIMISTA
PESSIMISTA
7
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
pública, emerge como questão fundamental para a consolidação do atual 
cenário de recuperação. A revisão das metas de déficit primário de 2017 a 
2020 revelou as difíceis escolhas com as quais o governo se depara diante da 
rigidez do gasto e da tendência de crescimento de algumas despesas a partir 
de variáveis fora de seu controle, como a dinâmica demográfica ou regras 
fixadas no passado para a correção do salário mínimo – ambas impactando 
diretamente as despesas com benefícios previdenciários e assistenciais. Além 
disso, a arrecadação tributária vem exibindo comportamento frustrante em 
relação ao desempenho da economia, indicando que não apenas a reces-
são, mas também fatores estruturais podem estar afetando seu desempenho. 
Entre os fatores que podem ter alterado a elasticidade da arrecadação em 
relação ao PIB destacam-se as mudanças na composição setorial da atividade 
econômica, como o crescimento do peso dos serviços no PIB, onde a carga 
tributária é menor, e os sucessivos programas de regularização tributária.
Como o ajuste fiscal proposto, por meio do teto dos gastos, é uma solução 
que só poderá ter resultados em termos de redução da dívida bruta em me-
ados dos anos 2020, a perspectiva do crescimento de longo prazo tornou-se 
uma questão relevante para se avaliar a situação do curto prazo. A este res-
peito, ressalta-se a nova postura quanto a privatizações e aos investimentos 
em infraestrutura por meio de concessões. Por apresentarem externalidades 
em relação aos vários setores da economia, os investimentos em infraestru-
tura são um importante fator para o aumento da produtividade agregada, ao 
mesmo tempo em que, por meio das concessões e privatizações, aumentam 
as receitas do governo e/ou permitem uma redução da dívida pública. No 
entanto, é importante notar que as receitas derivadas dessas privatizações e 
concessões não eliminam a necessidade de avançar com as reformas estrutu-
rais que permitirão reduzir a rigidez do orçamento e o ritmo de crescimento 
dos gastos obrigatórios, essenciais para viabilizar o cumprimento do teto dos 
gastos a partir do início dos anos 2020. Na verdade, a dependência do orça-
mento em relação a receitas extraordinárias tem crescido nos últimos anos, 
o que torna o ajuste estrutural fundamental para que o país volte a exibir 
superavits primários de modo a estabilizar a relação dívida/PIB. A principal 
reforma para atingir esse objetivo é a reforma da Previdência Social, cujo 
peso no orçamento, juntamente com benefícios assistenciais, tem crescido 
e tende a continuar em trajetória fortemente ascendente, comprometendo 
o funcionamento do governo e reduzindo significativamente o espaço para 
investimentos públicos. 
Uma questão que, apesar de sua grande relevância, tem sido pouco debatida 
no país são os impactos do problema previdenciário sobre as finanças dos 
governos subnacionais – como tem sido destacado numa série de notas téc-
8
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
nicas publicadas recentemente na Carta de Conjuntura. 2 Diversas políticas pú-
blicas essenciais para o funcionamento normal da economia do país são de 
responsabilidade desses níveis de governo. A segurança pública é um bom 
exemplo de política que é responsabilidade dos estados e que pode sofrer 
graves consequências de um colapso das contas públicas. O caso do Rio de 
Janeiro é emblemático. A severa crise fiscal pela qual o estado está passando 
teve impactos diretos na disponibilidade de recursos para a segurança públi-
ca, o que pode ter influenciado na deterioração dos indicadores de violência 
urbana. A piora da criminalidade, por sua vez, pode ter consequências nega-
tivos para a economia. O aumento do roubo de carga na Região Metropoli-
tana do Rio de Janeiro, por exemplo, tem inviabilizado uma série de negócios 
e pode ser parte da explicação da diferença entre o desempenho do estado 
em relação ao restante do país no que se refere à geração de empregos. De 
acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 
(Caged), enquanto o Brasil já tem apresentado saldos positivos na geração 
de empregos formais há cinco meses, o Rio de Janeiro ainda continua mos-
trando saldos negativos. 
O perfil demográfico dos servidores públicos estaduais de todo o país, não 
só no Rio de Janeiro, aliado às atuais regras previdenciárias, que permitem 
aposentadorias especiais aos professores e policiais (cerca de metade dos 
servidores desse nível de governo), torna esta questão urgente. Algumas uni-
dades da federação, que ainda não estão em situação tão crítica, poderão 
sofrer forte deterioração fiscal por este motivo nos próximos anos.
Embora haja incerteza sobre a reforma previdenciária, o risco país medido 
pelo CDS (em inglês Credit Default Swap) recuperou os níveis baixos atingidos 
em maio deste ano, antes do aumento da incerteza política. Esse movimento 
acompanhou o comportamento observado nos demais países emergentes – 
como mostram os gráficos 9 e 10. Essa dinâmica benigna da percepção de 
risco por parte dos investidores tem contribuído para a melhora do ambien-
te macroeconômico do país. O que parece prevalecer é a expectativa de que 
as mudanças das regras previdenciárias acontecerão num futuro próximo, 
mesmo que não nos próximos meses, conforme inicialmente planejado pelo 
governo. Entretanto, a não realização de tais mudanças nos próximos meses 
terá duas consequências: aumento do grau de incerteza e elevação do custo 
do ajuste. Mais especificamente, quanto mais se demorar a fazer a reforma, 
mais duras terão de ser as regras de transição, pois o que importa não é so-
2 Nota técnica da Carta de Conjuntura nº 35:
http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2017/08/04/a-dinamica-demografica-e-o-peso-das-aposentadorias-especiais-nos-re-
gimes-de-previdencia-estaduais-2006-2015/
Nota técnica da Carta de Conjuntura nº 34:
http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2017/03/27/a-dinamica-do-deficit-dos-regimes-proprios-de-previdencia-dos-esta-
dos-brasileiros-nos-anos-2006-2015/
http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2017/08/04/a-dinamica-demografica-e-o-peso-das-ap
http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2017/08/04/a-dinamica-demografica-e-o-peso-das-ap
http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2017/03/27/a-dinamica-do-deficit-dos-regimes-prop
http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2017/03/27/a-dinamica-do-deficit-dos-regimes-prop9
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
mente o valor presente das mudanças, mas também o período em que elas 
começarão a fazer efeito. Um eventual adiamento da aprovação da reforma 
da Previdência não inviabiliza a recuperação no curto prazo, porém deixa o 
país mais vulnerável a mudanças na economia internacional e nos humores 
dos mercados financeiros e de capitais, na medida em que enfraquece os fun-
damentos domésticos, especialmente no que se refere à evolução da dívida 
pública.
3 Projeções Macroeconômicas 2017/2018 
Na perspectiva do crescimento de longo prazo, a variável chave é o cresci-
mento da produtividade, que estagnou no Brasil desde o início da década 
atual, mesmo quando se leva em consideração sua natureza pró-cíclica. Di-
versas medidas adotadas pelo governo nos últimos meses podem minimizar 
o problema da má alocação de recursos (misallocation), aumentar a eficiência 
e, por conseguinte, aumentar o potencial de crescimento da economia no 
médio e longo prazos. Destacam-se, entre elas, a mudança da taxa à qual são 
emprestados recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social (BNDES), da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) – determinada 
administrativamente – pela Taxa de Longo Prazo (TLP) – que seguirá as 
taxas de mercado –, a reformulação dos marcos legais nos setores de infra-
estrutura e a aprovação da reforma trabalhista.
Contudo, como destacado na subseção anterior, o debate atual sobre a con-
tinuidade da reversão cíclica da economia brasileira depende muito da ques-
tão fiscal e da percepção de risco em relação à sustentabilidade das contas 
públicas, bem como da existência de um ambiente externo benigno no pe-
GRÁFICO 9
CDS 5 Anos - Países Selecionados
(Em pontos base)
Fonte: Anbima
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
GRÁFICO 10
CDS 5 Anos - Países Selecionados
(Em pontos base)
Nota: média das quatro primeiras sextas-feiras do mês anterior.
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Grupo de Conjuntura / Dimac / Ipea
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
ja
n/
14
m
ar
/1
4
m
ai
/1
4
ju
l/1
4
se
t/
14
no
v/
14
ja
n/
15
m
ar
/1
5
m
ai
/1
5
ju
l/1
5
se
t/
15
no
v/
15
ja
n/
16
m
ar
/1
6
m
ai
/1
6
ju
l/1
6
se
t/
16
no
v/
16
ja
n/
17
m
ar
/1
7
m
ai
/1
7
ju
l/1
7
se
t/
17
Brasil Chile Colômbia Peru
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
ja
n/
14
m
ar
/1
4
m
ai
/1
4
ju
l/1
4
se
t/
14
no
v/
14
ja
n/
15
m
ar
/1
5
m
ai
/1
5
ju
l/1
5
se
t/
15
no
v/
15
ja
n/
16
m
ar
/1
6
m
ai
/1
6
ju
l/1
6
se
t/
16
no
v/
16
ja
n/
17
m
ar
/1
7
m
ai
/1
7
ju
l/1
7
se
t/
17
Brasil Indonésia Turquia Malásia Filipinas
10
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
ríodo de transição para o novo equilíbrio fiscal. Nosso cenário adota como 
premissa básica a manutenção da situação de relativa estabilidade observada 
nos últimos meses em relação a estes pontos; ou seja, supõe-se, de um lado, 
a prevalência da expectativa de que, ainda que as medidas de ajuste fiscal 
estrutural não sejam aprovadas a curto prazo, o serão a médio prazo; e, de 
outro lado, que o ambiente externo continuará provendo liquidez suficiente 
durante o período de transição. Evidentemente, esta situação poderá ser 
perturbada por vários tipos de choques ao longo dos próximos trimestres, 
especialmente se levarmos em consideração as possíveis fontes de instabi-
lidade que, no atual contexto de incerteza política, a eleição presidencial do 
próximo ano poderá produzir. Caso ocorram mudanças significativas neste 
cenário básico, as projeções a seguir precisarão, evidentemente, ser revistas.
 
Para o terceiro trimestre de 2017, estão disponíveis vários indicadores que 
permitem estimar com razoável nível de confiança o crescimento dos prin-
cipais componentes do PIB. Pela ótica da oferta, todos os componentes 
devem apresentar taxa de crescimento positiva em relação ao terceiro tri-
mestre de 2016: 1,4% para a indústria, 0,5% para os serviços e 11,1% para 
a agropecuária. Em termos dessazonalizados, a agropecuária cai em relação 
ao segundo trimestre deste ano, mas a indústria e os serviços crescem. Pela 
ótica da despesa, o consumo das famílias deve crescer 1,4% em relação ao 
mesmo período do ano anterior, e as exportações líquidas também devem 
prover contribuição positiva para o crescimento, com as exportações au-
mentando 9,6% e as importações crescendo 4,9%; o consumo do governo 
e o investimento agregado, porém, permanecem abaixo dos níveis obser-
vados no ano passado. Na margem, em termos dessazonalizados, todos os 
componentes apresentam crescimento positivo, exceto o consumo público, 
reforçando a percepção de recuperação econômica. Como resultado final, o 
PIB deve situar-se 1,2% acima do nível observado no terceiro trimestre de 
2016 e crescer 0,4% em relação ao segundo trimestre de 2017, na compara-
ção livre de efeitos sazonais.
Sob o cenário de relativa estabilidade da percepção de risco em relação à 
economia brasileira, a recuperação da atividade observada nos últimos me-
ses tende a consolidar-se nos próximos trimestres, levando o PIB a atingir 
crescimento de 0,7% em 2017 e 2,6% em 2018. Em 2017, o crescimento 
será explicado predominantemente pelo consumo das famílias, exportações 
líquidas e variação de estoques pelo lado da despesa, e pela agropecuária 
pelo lado da oferta. Em 2018, todos os componentes da oferta devem con-
tribuir significativamente para o aumento do PIB, ao passo que, pelo lado 
da despesa, o consumo e o investimento agregados explicam o crescimento. 
11
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
Cabe destacar que o principal impulso ao crescimento deve vir da política 
monetária. Espera-se que o Banco Central prossiga em seu ciclo de afrou-
xamento monetário, reduzindo a taxa SELIC até 7% a.a. no final de 2017 
e mantendo-a neste patamar ao longo de 2018. Diante das baixas taxas de 
inflação a serem observadas nesses dois anos (2,9% e 4,2%), e da capacidade 
de o BCB ancorar as expectativas de inflação futura, que no final de 2018 
deverão estar mirando a meta de inflação do ano seguinte (4,25%), a redução 
da Selic deve gerar níveis muito baixos de juros reais, propiciando condições 
favoráveis ao financiamento de despesas de consumo e investimento. 
 
TABELA 2
Projeções: taxa de crescimento do PIB e de seus componentes
( Em %)
* Primeira divulgação das séries dessazonalizadas.
Fonte: IBGE e Ipea.
Elaboração: Grupo de Conjuntura/Dimac/Ipea
 
 
 
Observado Previsto 
 
2015 
 
 
2016 
 
2017-T1 2017-T2 2017-T3 
 
2017 
 
 
2018 
 
Em relação 
ao mesmo 
período do 
ano anterior 
Em relação 
ao mesmo 
período do 
ano anterior 
Em relação 
ao mesmo 
período do 
ano anterior 
Em relação ao 
trimestre anterior 
(dessazonalizado)* 
PIB -3,8 -3,6 -0,4 0,3 1,2 0,4 0,7 2,6 
 
PIB - Indústria -6,3 -6,3 -1,1 -2,1 1,4 1,6 0,5 3,4 
PIB - Serviços -2,7 -2,7 -1,7 -0,3 0,5 0,4 0,1 2,2 
PIB - Agropecuária 3,6 -6,6 15,2 14,9 11,1 -2,4 12,5 3,5 
 
Consumo - Famílias -3,9 -4,2 -1,9 0,7 1,4 0,5 0,8 2,7 
Consumo - Governo -1,1 -0,6 -1,3 -2,4 -1,6 -0,2 -1,9 -0,2 
FBCF -13,9 -10,2 -3,7 -6,5 -1,5 1,6 -2,5 4,2 
Exportação 6,3 1,9 1,9 2,5 9,6 4,8 5,6 4,1 
Importação -14,1 -10,3 9,8 -3,3 4,9 5,1 3,6 5,1 
 
TABELA 3
Projeções: variáveis macroeconômicas selecionadas
(Em %)
Fonte: IBGE/Ipea.
Elaboração: Grupo de Conjuntura Dimac/Ipea.
 
Observado Previsto 
2015 2016 2017 2018 
Inflação - IPCA (% no período) 10,7 6,3 2,9 4,2 
 
Taxa de juros SELIC (% a.a. no final do período) 14,25 13,75 7,00 7,00 
 
Taxa de câmbio R$/US$ (no final do período) 3,90 3,26 3,15 3,30 
 
12
C
arta d
e C
o
n
ju
n
tu
ra | 36 | 3˚ trim
estre de 2017
Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac)
José Ronaldo de Castro Souza Júnior – Diretor
Marco Antônio Freitas de Hollanda Cavalcanti – Diretor Adjunto
Grupo de Conjuntura
Equipe Técnica:
Christian Vonbun
Estêvão Kopschitz XavierBastos
Leonardo Mello de Carvalho
Marco Aurélio Alves de Mendonça
Marcelo Nonnenberg
Maria Andréia Parente Lameiras
Mônica Mora Y Araujo de Couto e Silva Pessoa
Paulo Mansur Levy
Vinicius dos Santos Cerqueira
Sandro Sacchet de Carvalho
Equipe de Assistentes:
Augusto Lopes dos Santos Borges
Felipe dos Santos Martins
Leonardo Simão Lago Alvite
Luciana Pacheco Trindade Lacerda
As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não 
exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou do 
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Repro-
duções para fins comerciais são proibidas.

Outros materiais