Quais as vantagens e as desvantagens da mediação judicial?

A mediação penal é uma técnica usada há muito tempo em outros países e tem apresentado resultados positivos. Isso significa que essa alternativa irá funcionar no Brasil? Para Leite (2014), faz-se necessário, um estudo mais detalhado acerca do assunto, diante da tendência natural do homem de importar sistemas de outros países ou comunidades, de culturas diferentes, só porque lá funcionou.

Para Veloso (2009), o termo mediação vem do latim mediare, e tem o significado de dividir ao meio, ou seja, repartir em duas partes iguais. Fiorelli, Fiorelli e Malhadas Junior (2008), opinam que, o termo mediação, vem do latim, negotiatus, que significa negociação. Trata-se, segundo Viana (2015), de um procedimento no qual, uma terceira pessoa, imparcial ao conflito, intervêm para auxiliar na resolução de um conflito que envolve duas ou mais pessoas.

A maioria dos autores e estudiosos da mediação definem de forma cristalina quais são as maiores vantagens de se utilizar a mediação como forma de resolução dos conflitos, são elas: a rapidez; a economia; a criação de uma relação amistosa, harmônica entre as partes; desentrave do Poder Judiciário; sigilo do processo.

Uma desvantagem, consiste na falta de recursos, uma vez que a decisão arbitral se dá em uma única instância, não cabendo recursos no que concerne ao mérito pleiteado, pelo Poder Judiciário. Outra desvantagem consiste na cláusulas arbitrais que se não forem bem redigidas, podem dificultar o regular processamento de uma arbitragem, pois quando surge a controvérsia, não se sabe o que as partes realmente pretendiam.

Como vantagens da mediação podemos citar o fato de que o mediador e as partes envolvidas possuem o dever de sigilo, visando, assim, garantir a confiança no processo que será desenvolvido.

Para além disso, o tempo de duração de um processo de mediação pode ser mais vantajoso que de um processo judicial, afinal, quem dita e organiza a quantidade de sessões, de encontros, de troca são as partes envolvidas. Ou seja, não se trata de um tempo verticalizado e imposto por um terceiro. 

Outra vantagem que podemos citar é a especialidade, o fato de que o mediador, que fará a ponte e facilitará a comunicação das partes possuir uma formação técnica e específica (que não necessariamente é jurídica) para atuação no caso. Desse modo, normalmente o mediador escolhido tem conhecimento prático, na realidade, acerca dos fatos alegados e narrados. 

Trata-se de um processo mais "informal", pois são as partes que irão conduzir os procedimentos. 

A desvantagem paira sobre o fato de não existir muitas câmaras de mediação, o que muitas vezes faz com que o processo de mediação não seja tão acessível a todas e todos.