CONSIDERANDO QUE O Sr. ROBERTO FONSECA mantém um contrato de locação com a empresa Pedra São Jorge e,posteriormente, adquire este imóvel, questiona-se qual a condição do Sr.Roberto em relação ao bem no primeiro momento( contrato de locação )e no segundo momento ( promessa de compra e venda )? Estamos frente à um constituto possessório?
Olá!
Entende-se como constituto possessório a operação jurídica que altera a titularidade na posse, de maneira que, aquele que possuía em seu próprio nome, passa a possuir em nome de outra pessoa.
Em relação ao caso de Sr. Roberto, entretanto, identificamos o inverso do constituto possessório; traditio brevi manu que é quando, por exemplo, o locatário que possui a casa em nome alheio compra a casa passando a possuir em nome próprio.
Espero ter ajudado.
Não. Nesse caso, o que se tem é o instituto da tradictio brevi manu, que ocorre quando aquele que detinha a posse sobre um bem em nome de terceiro passa a exercê-la em nome próprio. É o caso, por exemplo, do locatário que, por meio de uma cláusula, adquire o bem até então alugado, deixando de possuí-lo enquanto locatário e passando para o status de proprietário. Perceba que a posse direta sobre o bem se mantem, o que se altera é a qualidade do possuidor, se exerce essa posse em nome próprio ou de terceiro.
O constituto possessório, por outro lado, é instutuído no negócio jurídico por meio da denominada cláusula constituti, é o instituto por meio do qual se opera a alteração de titularidade da posse, de modo que aquele que possuia a coisa em nome próprio, passará a possuí-la em nome de terceiro.
Por exemplo: imagine que Maria venda um imóvel seu para João. No entanto, o comprador não prentende morar no imóvel, que é alugado para a própria Maria, antiga proprietária, por meio da cláusula constituti. Perceba que Maria, que já detinha a posse sobre a coisa, continuará exercendo essa posse, mas agora na qualidade de locatária, não mais de proprietária.
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