Primeiramente, para se chegar à lei que será aplicada ao caso concreto, deve-se analisar qual possivel elemento de conexão irá prevalecer diante daquele conflito. Assim, por elemento de conexão podemos entender o critério jurídico utilizado para delimitar a lei incidente nos casos de conflito, que varia de acordo com a matéria de direito tratada.
Segundo Irineu Strenger:
(...) os elementos de conexão são expressões legais de conteúdo variável, de efeito indicativo, capazes de permitir a determinação do direito que deve tutelar a relação jurídica em questão (...)[5]
Todavia, quando a obrigação for de índole trabalhista, o elemento de conexão será o do local da execução do contrato. Neste sentido é o Código de Bustamante, ratificado pelo Brasil e promulgado através do Decreto n. 18871/29, cujo artigo 198 dispõe expressamente que o contrato de trabalho é regido pela lei do local da prestação do serviço[6].
Além disso, dispõe o artigo 651 da Consolidação das Leis Trabalhistas:
A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro[7].
A matéria, como passaremos a demonstrar futuramente está pacíficada na jurisprudência, atraves da súmula 207 do TST.
Ainda, faz oportuno transcrever o artigo 17 da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro:
As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes[8].
Assim, podemos dizer que, embora não se deva confundir competência da lei e competência jurisdicional, “no campo do Direito do Trabalho, no entanto, em razão mesmo de sua aplicação territorial, as duas competências praticamente se confundem, uma decorrente da outra”[9].
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Direito Internacional Público e Privado
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