a convercao.no 87 da o ir,entre outros temas,tem como conteudo

a Convenção 87 da OIT busca assegurar a efetividade dos postulados de liberdade de associação sindical e do direito à sindicalização, o que, em uma análise fria, significa a viabilização de tentar garantir aos trabalhadores a possibilidade de constituir ou formar suas próprias agremiações sindicais em consonância com seus interesses e seus juízos de conveniência e oportunidade. Consequentemente, devemos dar outro tratamento a estes diplomas, os quais devem ser considerados como instrumentos hábeis a implementar a promoção dos direitos daqueles que historicamente sempre foram o lado mais frágil da relação trabalhista. Nessa linha de raciocínio, Maristela Basso e Fabrício Polido ensinam que:

A adoção da Convenção nº 87 representou, portanto, a etapa desejada e programada no contexto de esclarecimento e positivação de princípios e normas convencionadas na esfera multilateral, buscando assegurar a proteção a direitos decorrentes da liberdade de associação na esfera laboral, com efeitos internos e internacionais. A esse instrumento, somou-se a importante Convenção nº 98 relativa ao Direito de Organização e Negociação Coletiva de 1949, que também passa a integrar o catálogo ou repertório das chamadas ' convenções fundamentais ' da OIT. Como mencionado, são atos internacionais caracterizados pela vocação de aplicação universal, destinados à observância de todos os Estados- Membros da Organização.

A necessidade de revisão de nossa sistemática legal surge no instante em que a opção brasileira por não ratificar a Convenção nº 87 da OIT coloca em risco sua participação como membro da Organização. A partir do instante em que o Brasil se proclama uma República Democrática, negar efeito a uma convenção internacional que versa sobre o Direito dos Trabalhadores de fruírem da liberdade sindical aparece como uma decisão que torna os reais objetivos defendidos pelo país um tanto quanto obscuros. Novamente, importante mencionar os professores Maristela Basso e Fabrício Polido:

É importante ter presente, desde já, que a liberdade sindical como exercício da liberdade de associação integra o rol dos direitos individuais e coletivos sobre os quais se fundamenta a lógica e as razões da criação da OIT. Negar a ratificação da Convenção nº 87 é comprometer a própria participação na Organização como país-membro e tornar inócuos seus princípios objetivos. Dito de outra forma, não é possível, sob a perspectiva do princípio da consistência da conduta de um Estado, fazer parte da OIT, ratificando seu estatuto constitutivo e não ratificar a Convenção nº 87. Ademais, à proteção da pessoa humana não se contrapõe a nenhum diploma legal.

FONTE: https://alexcerqueiraa.jusbrasil.com.br/artigos/155799567/a-convencao-n-87-da-organizacao-internacional-do-trabalho-e-sua-viabilidade-no-ordenamento-juridico-brasileiro

A Convenção nº 87, da OIT (Organização Internacional do Trabalho), tem como tema central a Liberdade Sindical e Proteção ao Direito de Sindicalização.

Assim, ela trata, como o tema deixa a entender, sobre a liberdade dos trabalhadores e empregadores de se filiarem aos seus respectivos sindicatos, sem que sejam obrigados ou constrangidos a tal participação.

Inclusive há previsão de que as autoridades públicas deverão se abster de qualquer intervenção que possa influenciar ou limitar o exercício desse direito.