Duas resposta: 1) se a pergunta for “denominação da natureza”; 2) se a pergunta for “dominação da natureza”.
1) Denominação da natureza:
Para o que interessa a sociologia, como objeto de análise, é verificar a condição do homem em Estado de Natureza. Isso pois a Natureza em si não interessa a disciplina, já que a Sociologia é “a ciência da sociedade, entendendo-se por sociedade o campo das relações intersubjetivas” (ABBAGNANO, 2007: 1083), usualmente referida para indicar “qualquer tipo ou espécie de análise empírica ou teórica que se refira aos fatos sociais, ou seja, às efetivas relações inter-subjetivas, em oposição às ‘filosóficas’ ou ‘metafísicas’ da sociedade, que pretendem explicar a natureza da sociedade como um todo, independentemente dos fatos e de modo definitivo” (ABBAGNANO, 2007: 1083). Sendo o homem puramente social, não cabe a sociologia compreender a Natureza e sim a sociedade. Apensar caberia, compreender o que os filósofos entendem ser o estado anterior do homem em sociedade, ou seja, o que seria a pré-história do homem social e a gênese da vida comunitária. Assim, segue definição:
Por Estado de Natureza, compreende-se a “Condição do homem, antes da constituição da sociedade, segundo a doutrina do contratualismo. Já em Platão, no II Livro de Leis, encontra-se a noção da condição em que os homens ficaram depois da destruição de suas cidades por enormes catástrofes: uma terrível e ilimitada solidão, a terra imensa e abandonada; mortos quase todos os animais e bovinos, sobrou apenas um pequeno grupo de cabras, qual mísero resto, para que os pastores recomeçassem a vida’ (...). Esta não é a descrição idílica, assim como não foi idílica a condição que Hobbes atribuiu ao estado de N. [ler natureza], a guerra de todos contra todos: ‘Enquanto vivem sem um poder comum ao qual estejam sujeitos, os homens encontram-se na condição que chamamos de guerra, e tal guerra é de um homem contra o outro’ (...). Isto acontece porque, sendo iguais por N., os homens também têm os mesmos desejos, e desejando as mesmas coisas procuram preponderar uns sobre os outros (...). A fundação do Estado, de um poder soberano, é o único meio para sair da condição de guerra, própria do estado de N.” (ABBAGNANO, 2007: 816).
2) Dominação da Natureza:
Como ao que compete a sociologia é sempre o homem, quando a disciplina fala em dominação da Natureza é sempre pelas mãos do homem. E a dominação da natureza pelo homem nada mais é do que o significado de Trabalho. Assim, explicar a Dominação da natureza é explicar o próprio termo “Trabalho”.
Por dominação da natureza pelo homem, ou seja, por trabalho, entende-se: “Atividade destinada a utilizar as coisas naturais ou a modificar o ambiente para satisfação das necessidades humanas. O conceito de T. [ler Trabalho] implica portanto: 1) a dependência do homem, no que diz respeito à sua vida e aos seus interesses, em relação a natureza: o que constitui a necessidade (...); 2) a reação ativa a essa dependência, constituída por operações mais ou menos complexas, destinadas à elaboração ou à utilização dos elementos naturais; 3) o grau mais ou menos elevado de esforço, sofrimento ou cansaço, que constitui o custo do trabalho.” (ABBAGNANO, 2007: 1147).
Referências bibliográficas:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar