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Como funciona a mediação e a conciliação de acordo com o CPC 2015?

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Ciro Marques

O novo Código prevê a possibilidade de realização de três audiências no procedimento comum, são elas: a audiência de conciliação ou de mediação (art. 334), a audiência de saneamento (art. 357, §3º) e a audiência de instrução e julgamento (art. 358-368).

 

A audiência preliminar de conciliação ou de mediação é ato integrante do procedimento comum, só não sendo observado nas causas em que a autocomposição não for admissível nos termos da lei.

    Assim, ainda que o autor manifeste, expressamente na petição inicial, pelo desinteresse pela autocomposição, o juiz a despachará designando dia e hora para sua realização. Todavia, esse ato conciliatório somente não será realizado se o réu aderir ao desinteresse do autor em petição posterior à citação e anterior à audiência, ou seja, em petição que pode ser avulsa, apartada da peça defesa; a manifestação pelo desinteresse deve ser apresentada ao juízo com dez dias de antecedência, contados da data designada para a ocorrência da audiência (art. 334, § 5º). E havendo litisconsórcio, o desinteresse deve ser manifestado por todos os litisconsortes (art. 334, § 6º).

    Da mesma forma que o autor não tem ao seu alvitre o poder de obstar a ocorrência deste instrumento conciliatório, o demandado também não tem poder de impedi-la pela só manifestação individual de desinteresse.

    A audiência de conciliação ou de mediação é, pois, designada pelo juiz no despacho da petição inicial, sempre que ela preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido.

    Para que o ato ordinatório de convocação à audiência de conciliação ou de mediação pelo juiz seja válido, é necessário que seja observado ser necessária a antecedência mínima de trinta dias. E, para participar da audiência, o réu será citado com pelo menos vinte dias de antecedência (art. 334, caput). Ademais, a intimação do autor dar-se-á na pessoa do seu advogado (art. 334, §3º).

    A audiência obedecerá às normas do Código e da lei de organização judiciária a que se atém, e dela participarão, necessariamente, o conciliador ou o mediador, salvo se não existirem na Comarca esses auxiliares do juízo (art. 334, §1º). Ainda, poderá realizar-se por meios eletrônicos, nos termos da lei que lhe é própria. Participando o mediador ou o conciliador da audiência, a ele competirá a condução dos trabalhos de facilitação da autocomposição. Diferentemente dos demais tipos, não se requer a presença do juiz durante a ocorrência da sessão da audiência.

    Não haverá audiência em duas situações, se houver manifestação de desinteresse de ambas as partes na conciliação; e, quando o objeto do litígio não comportar a autocomposição (art. 334, §4º, II).

    O não comparecimento injustificado de qualquer das partes é considerado ato atentatório à dignidade da justiça, ensejando a aplicação de multa de até dois por cento do proveito econômico pretendido no processo, ou do valor da causa, que será revertida em favor da União ou do Estado (art. 334, §8º).

    O comparecimento das partes deve se dar com acompanhamento de advogado ou de defensor público (art. 334, §9º). É possível, entretanto, constituir representante com poderes para negociar e transigir, o que deve ser feito por meio de procuração específica (art. 334, § 10º).

    Se obtida a autocomposição, será ela reduzida a termo e homologada pelo juiz por sentença de extinção do processo, com julgamento de mérito (arts. 334, §11º, e 487, III, b). Frustrada a tentativa de conciliação, começará a fluir o prazo de contestação.

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Andre Smaira

Para resolver este problema devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre direito, com foco em código civil.


A conciliação de acordo pelo CPC (Código de Processo Civil) de 2015 é um método alternativo para harmonia social por solução pacífica das controvérsias, é incentivada e ganha foça como solução para lentidão do poder judiciário devido à sobrecarga de casos. Pretende-se focar na cultura que tem por objetivo a pacificação social e inserir na política pública o sistema multiportas (que inclui negociação, conciliação, mediação, dentre outros).

 O artigo 165 do CPC/2015 dispõe:

"Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição."

Podemos salientar que nesse artigo também se destacou o papel do conciliador que deverá atuar nos casos que não houver vínculo anterior entre as partes, podendo sugerir soluções para o litígio. Já o mediador deve atuar quando houve vínculo anterior, auxiliando os interessados a compreenderem as questões e interesses em conflitos, ajudando a retornar à comunicação, e que assim possam identificar solução consensual que gere benefícios múltiplos.

Além disso destaca-se a confidencialidade das informações durante o procedimento, não podendo ser utilizado para outros fins, ou seja, os assuntos tratados não poderão ser divulgados e nem mesmo os envolvidos da justiça (conciliador, mediador ou membros da equipe) poderão depor acerca dos faltos ou elementos.

Destaca-se que o CPC/2015 não se trata apenas de diretrizes e objetivos, mas uma norma de conduta a de todo o procedimento civil brasileiro. Além disso salienta-se que esse novo método propõe além de soluções mais rápidas e justas, uma redução das tensões sociais, maior harmonização e diminuição da guerra judicial


Portanto a conciliação e medição ocorre por especialistas designados em auxiliar na negociação entre as partes de forma confidencial e imparcial, em um ambiente menos formal e intimador, com o objetivo de solucionar o processo de maneira eficiente, mais rápida e harmônica, utilizando para isso do sistema multiportas, buscando benefícios múltiplos. Salienta para o futuro que a esfera judiciária deve ser buscada em último caso, na forma ineficiente de solucionar conflitos por métodos alternativos e harmônicos.

No caso que realizada a audiência de conciliação ou de mediação, atingindo o objetivo, o juiz a homologa por sentença que põe fim ao processo, caso a audiência seja incorrida, nesse caso, dar-se continuidade no processo até solução judiciária.

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Andre Smaira

Para resolver este problema devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre direito, com foco em código civil.


A conciliação de acordo pelo CPC (Código de Processo Civil) de 2015 é um método alternativo para harmonia social por solução pacífica das controvérsias, é incentivada e ganha foça como solução para lentidão do poder judiciário devido à sobrecarga de casos. Pretende-se focar na cultura que tem por objetivo a pacificação social e inserir na política pública o sistema multiportas (que inclui negociação, conciliação, mediação, dentre outros).

 O artigo 165 do CPC/2015 dispõe:

"Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição."

Podemos salientar que nesse artigo também se destacou o papel do conciliador que deverá atuar nos casos que não houver vínculo anterior entre as partes, podendo sugerir soluções para o litígio. Já o mediador deve atuar quando houve vínculo anterior, auxiliando os interessados a compreenderem as questões e interesses em conflitos, ajudando a retornar à comunicação, e que assim possam identificar solução consensual que gere benefícios múltiplos.

Além disso destaca-se a confidencialidade das informações durante o procedimento, não podendo ser utilizado para outros fins, ou seja, os assuntos tratados não poderão ser divulgados e nem mesmo os envolvidos da justiça (conciliador, mediador ou membros da equipe) poderão depor acerca dos faltos ou elementos.

Destaca-se que o CPC/2015 não se trata apenas de diretrizes e objetivos, mas uma norma de conduta a de todo o procedimento civil brasileiro. Além disso salienta-se que esse novo método propõe além de soluções mais rápidas e justas, uma redução das tensões sociais, maior harmonização e diminuição da guerra judicial


Portanto a conciliação e medição ocorre por especialistas designados em auxiliar na negociação entre as partes de forma confidencial e imparcial, em um ambiente menos formal e intimador, com o objetivo de solucionar o processo de maneira eficiente, mais rápida e harmônica, utilizando para isso do sistema multiportas, buscando benefícios múltiplos. Salienta para o futuro que a esfera judiciária deve ser buscada em último caso, na forma ineficiente de solucionar conflitos por métodos alternativos e harmônicos.

No caso que realizada a audiência de conciliação ou de mediação, atingindo o objetivo, o juiz a homologa por sentença que põe fim ao processo, caso a audiência seja incorrida, nesse caso, dar-se continuidade no processo até solução judiciária.

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