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Faça um analise psicodinâmica do caso.

Y., 22 anos, é o terceiro filho entre quatro, sendo o ultimo cerca de dez anos. Dessa forma, foi o mais moço da casa durante quase toda a infância. Foi uma criança-problema desde bebê. Os pais descrevem-no como possessivo, extremamente choroso e controlador. Quando nasceu, sua mãe ainda não havia se recuperando da morte traumática de um irmão mais moço, por suicídio. Desde o nascimento, chorava copiosamente por horas a fio, e a mãe, sentindo-se insegura, também chorava, sendo necessária a intervenção do pai ou da avó materna para acalmá-los. Quando ele tinha dois anos, a família mudou-se para um grande centro onde o pai concluiu seus estudos em nível de pós-graduação. Foi um período tenso para a família, pois tanto a mãe quanto os filhos sentiram muito a ausência do pai, trabalhando todo o dia e muitas vezes a noite também. A separação do paciente – mãe para ingressar na escola não foi tolerada na idade adequada ao jardim de infância. Somente depois do primeiro tratamento psicológico foi capaz de ingressar na primeira série. Suas dificuldades emocionais não se refletiam no aprendizado inicial, podendo acompanhar bem sua turma nas primais series. O desenvolvimento posterior foi eivado por acontecimentos traumáticos nas relações com colegas, com professores e na família. Trocou frequentemente de escola, interrompendo algumas series quando já se aproximava dos exames finais. Esse quadro perdurou após iniciar o atual tratamento, pois ainda cursava a primeira série do ensino secundário aos dezoitos anos. Estava, na época, num internato numa cidade do interior. O ano mal iniciara e entrara em desespero por estar longe de casa, ainda que a ideia de estudar fora tenha sido sua. Lingava varias vezes para os pais, sentia-se abandonado por eles e terminou convencendo-os a busca-los. Como sempre se repetia sua instabilidade nas relações com professores e colegas. Os mais idealizados passaram a ser percebidos como perseguidores e terminou rompendo relações com todos. Esse quadro levou a família a decidir-se por buscar tratamento. O quadro era florido em sintomas, predominando ansiedade, raiva intensa e inadequada, em especial com familiares, perturbação da identidade e humor oscilando entre expressões depressivas e de angustia. Os brações estavam cortados por giletes e o dorso de ambas as mãos queimadas por cigarros. Tinha os cabelos cortados por si próprio, pintados de vermelho, olheiras profundas de não dormir nas últimas noites. Queixava-se de vazio e requeria a presença continuada de alguém para acompanha-lo. Fizera há poucos dias duas tentativas de suicídio ingerindo medicação tranquilizante e optou-se pela internação perante os riscos. O quadro inicial teve remissão em poucos dias, mas muitas vezes se repetiram internações por automutilação, frequentemente com cortes de alguma importância. Das várias ameaças e tentativas suicidas, a mais grave levou-o a cuidados em UTI por ingestão de raticida.

💡 3 Respostas

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Bianca Gil

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Andre Smaira

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Psicopatologia.


Suicídio e depressão são muito relacionados. No caso acima, Y. apresentou uma série de sinais através do seu comportamento na escola e dentro de casa, indicando um severo quadro depressivo. O tratamento deverá incluir acompanhamento psicológico e psiquiátrico para o resto da vida, complementado com terapias alternativas e naturais, como atividades de lazer, passeios ao ar livre ou meditação.


Portanto, não apenas Y. deverá fazer acompanhamento psiquiátrico e psicológico, mas também toda a sua família (pais e irmãos).

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RD Resoluções

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Psicopatologia.


Suicídio e depressão são muito relacionados. No caso acima, Y. apresentou uma série de sinais através do seu comportamento na escola e dentro de casa, indicando um severo quadro depressivo. O tratamento deverá incluir acompanhamento psicológico e psiquiátrico para o resto da vida, complementado com terapias alternativas e naturais, como atividades de lazer, passeios ao ar livre ou meditação.


Portanto, não apenas Y. deverá fazer acompanhamento psiquiátrico e psicológico, mas também toda a sua família (pais e irmãos).

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