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O que são normas jurídicas?

EU PRECISO DE UMA DEFINIÇÃO DETALHADA DE TODAS AS NORMAS JURÍDICAS

Respostas

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DLRV Advogados

Norma jurídica é uma orientação de conduta imposta, admitida ou reconhecida pelo ordenamento jurídico. Elas podem ter origem em regras ou em princípios.

Segundo Robert Alexy, toda norma é regra ou princípio, sendo sua diferença unicamente qualitativa (normativa), fundada no modo de resolução de conflitos.

"O princípio é norma ordenadora de que algo se realize na maior medida possível, dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes”.

É um mandado de otimização que pode ser cumprido em menor ou em maior grau, pela ponderação entre a possibilidade jurídica e a possibilidade real de adequação do fato à norma.

No conflito entre princípios, pondera-se o prevalecimento de um sobre os outros para a resolução. O que tiver maior peso ou valor ou importância, diante do caso concreto, deve preponderar.

Quanto as regras, "devem estas ser cumpridas na forma prescrita. Se uma regra é válida, então há de se fazer exatamente o que ela exige, nem mais, nem menos”. 

Na colisão entre regras, o afastamento se dá pela cláusula de exceção: onde uma se aplica, a outra não será aplicada; onde uma vale, a outra não vale.

Segundo Dworkin, enquanto as regras são aplicáveis a partir de um critério de tudo-ou-nada, este critério não vale para os princípios.

Assim, ou a regra é válida e, então, se deveriam aceitar os seus efeitos jurídicos, ou a regra não é válida e, por isso, não fundamenta nem pode exigir qualquer consequência jurídica. É o que é chamado de modelo do tudo-ou-nada.

Princípios, ao contrário, não determinam, quando verificado um caso de sua aplicação, uma decisão concludente segundo uma formulação pronta e acabada. Há uma dimensão de peso ou de importância (the dimension of weight or importance).

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Aurione Carvalho

Norma jurídica, segundo, Paulo Dourado de Gusmão, é a proposição normativa inserida em uma ordem jurídica, garantida pelo poder público ou pelas organizações internacionais. Coloca ainda ele, que tal proposição pode disciplinar condutas ou atos, como pode não as ter por objeto, coercitivas e providas de sanção.

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Fabricio Porto Teixeira

Bom, não deu pra entender muito bem o que você pretendeu com a pergunta.

A definição de Norma jurídica, segundo, Paulo Dourado de Gusmão, é a proposição normativa inserida em uma ordem jurídica, garantida pelo poder público ou pelas organizações internacionais. Coloca ainda ele, que tal proposição pode disciplinar condutas ou atos, como pode não as ter por objeto, coercitivas e providas de sanção. Visam, consoante o autor, a garantir a ordem e a paz social e internacional.

As normas jurídicas são classificadas em função:

De seu Conteúdo;

Do Grau de sua Imperatividade;

Da Natureza de sua Sanção;

De sua Forma;

De sua Fonte;

Da Ordem Jurídica a que pertencem;

3. CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA SEGUNDO PAULO DORURADO DE GUSMÃO

Na concepção de Paulo Dourado de Gusmão as normas jurídicas podem ser classificadas em função:

3.1 – De seu Conteúdo, em Razão:

Da extensão espacial de sua validade: regra de direito comum, que a lei aplicável em todo o território do Estado. Ex.: Direito Civil, Direito Penal, etc.; regra de direito particular, é a que tem eficácia somente em parte do território nacional. Ex.: ICMS, imposto estabelecido por lei estadual; regra de direito interno, é o direito do Estado, o direito nacional, que regulamenta as relações jurídicas que acontecem no território do Estado e esse direito interno se divide em público (ex.: Direito Constitucional ou Direito Penal) e Direito Privado (ex.: Direito Civil); e regra de Direito Internacional é a que disciplina e regulamenta as relações internacionais entre Estados soberanos.

Da amplitude de seu conteúdo: em regra de direito geral, que é aquela quem se aplica a todas as relações jurídicas, ex.: Direito Civil; em regra de direito especial, sendo esta aplicável somente a determinado e restrito tipo de relações jurídicas, ex.: Código do Ministério Público; e em regra de direito excepcional, são normas que se desviam da regra geral para atender de maneira exclusiva alguns determinados casos, exemplo disso são as normas moratórias.

Da força de seu conteúdo temos: a lei ou norma constitucional que dispõe sobre a forma de Estado e de governo, suas relações e dispõe também os direitos do homem; a lei complementar que vem para completar a Constituição em alguma matéria que não tenha sido ainda bem explicada, mas sem ferir os princípios constitucionais, este tipo de lei exige procedimento legislativo especial; e a lei ordinária que é lei inovadora, lei primária, ex.: Código Civil, sobre matéria de direito privado e Código de Processo Civil, sobre matéria de Direito Público.

Da aplicabilidade de seu conteúdo temos: a lei auto-aplicável, que é aquela que não depende de regulamentação por outras normas, são aquelas de imediata aplicação, ex.: todas as normas contidas no Código Civil e a maioria do Código Penal; e a lei regulamentável é aquela que depende de regulamentação (ato legislativo) para que seja aplicada.

Do interesse da tutela: regra de Direito Público, são aquelas que regem o Estado, suas funções, organização bem como a soberania interna do Estado e os serviços públicos básicos, e o interesse do Estado e no âmbito internacional do Direito Público este rege as relações entre Estados soberanos, com o intuito de manter-se a paz e as boas relações; regra de Direito Privado, são aquelas que ditam as relações em que o interesse privado é o alvo, exemplo disso é a regulamentação do contrato de locação, compra e venda, etc., regra de Direito Misto, são aquelas que contém princípios de Direito Público e de Direito Privado como é o caso do Direito do Marítimo, Direito Aeronáutico e do Direito Falimentar.

3.2 – Do Grau de sua Imperatividade

Em relação ao particular temos a: norma taxativa, são aquelas obrigatórias, não modificáveis, inderrogáveis; norma dispositiva, são as normas em que as partes podem alterar, interferir, para completar a norma quando necessário e quando de acordo com seu interesse.

Em relação ao poder público temos as normas rígidas, são as leis que não admitem modificação por parte do juiz, são leis imutáveis; e normas elásticas ou flexíveis, são as normas que admitem o arbítrio judicial, jurisprudência.

3.3 – Da Natureza de sua Sanção

A norma penal, composta de preceitos penas;

Norma de Direito Privado, geralmente dotada de sanção patrimonial;

Lei fiscal são as multas, correção monetária do débito fiscal;

Norma disciplinar é aquela que tem por fim obter maior eficiência no cumprimento da lei e decoro. Aplica-se aos funcionários públicos, militares e parlamentares;

Norma ou lei perfeita (lex perfecta) são, por exemplo, as normas do Código Penal que contém a descrição do fato delitivo e sua respectiva sanção; 
Norma ou lei imperfeita (lex imperfecta) são por sua vez as leis que não provêem sanção a não observância da norma previamente descrita. Um caso disso é alei que proíbe o trote nos calouros que ingressam no ensino superior, esta lei não prevê sanção para a sua transgressão ou a lei que proíbe fumar em recintos fechados;

Norma ou lei menos que perfeita (lex minus quam perfecta), tem sanção incompleta, como por exemplo, a que considera o ato anulável, e não nulo, quando a vontade de uma das partes tiver sido viciada;

Norma ou lei mais que perfeita (lex plus quam perfecta), são as leis que estabelecem sanção de gravidade excessiva, é a lei que prevê uma sanção “maior” do que o crime.

3.4 – De sua Forma, as Normas podem ser

Escritas, são os códigos, tratados os regulamentos. Ex.: Código Comercial, Código Tributário Nacional;

Não-escritas são os costumes, os princípios gerais do direito.

3.5 – De sua Fonte, as Normas podem ser

Legislativa, são exemplos desta norma a Constituição, o Decreto-lei, a Medida Provisória, etc.

Jurisprudencial é o conjunto uniforme e reiterado de decisões judiciais, sobre determinadas questões jurídicas, que permite prever como o tribunal decidirá em caso análogo.

Doutrinal é o conjunto de idéias enunciadas nas obras dos jurisconsultos sobre determinadas matérias jurídicas;

Convencional, são de normas estabelecidas por determinado grupo a fim de estabelecer normas gerais obrigatórias. Ex.: Contrato Coletivo de Trabalho, Tratado Internacional;

Consuetudinária: costumes. 
3.6 - Da Ordem Jurídica a que pertencem, podem, neste caso, ser:

Nacionais: Código Civil Brasileiro, no que concerne a nós, nos dirige;

Estrangeiras: Código Civil Americano, por exemplo, por força do Direito Internacional Privado for aplicável no Brasil.

 

FONTE: http://monografias.brasilescola.com/direito/norma-juridica.htm

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