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São princípios informativos da tutela de execução?

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Felipe Messias

Responder... Contraditório, isonomia presumida e menor onerosidade.

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

Segundo Marcos Vinícius Rios Gonçalves, em Novo Código de Processo Civil Esquematizado, obra coordenada por Pedro Lenza (2017), existem sete princípios informativos: da autonomia, da patrimonialidade, do exato adimplemento, da disponibilidade do processo pelo credor, da utilidade, da menor onerosidade e do contraditório.

  1. Princípio da Autonomia: se trata da autonomia existente entre o processo do conhecimento e do processo de execução. É que, apesar do processo sincrético prever processos não autônomos entre si, prevê duas fases apartadas e que possuem regramento próprio e distinto. São elas: fase de conhecimento e fase de execução.
  2. Princípio da Patrimonialidade: é que a execução não pode recair sobre a pessoa do executado, mas exclusivamente sobre o seu patrimônio, salvo a única exceção em nosso ordenamento: a prisão civil do devedor de alimentos, no âmbito do direito das famílias (art. 789, do CPC).
  3. Princípio do Exato Adimplemento: é sempre preferível a tutela específica do objeto inadimplido, em detrimento da indenização pecuniária, pois se entende que o bem da vida era o desejado pelo credor. Por exemplo, ao contratar um serviço de pintura de paredes de uma casa, o credor preferia a prestação de serviço ao pagamento em dinheiro equivalente àquela prestação. Assim, melhor seria a execução da obrigação de fazer que a conversão em perdas e danos, que continua existindo, mas apenas quando impossível ou não mais útil a tutela específica. Lembrando que é uma presunção, que pode ser preterida pelo próprio jurisdicionado-credor (art. 497 e 498, do CPC).
  4. Princípio da Disponibilidade do Processo pelo Credor: o credor-exequente não é obrigado a prosseguir com a execução, dela podendo desistir a qualquer tempo, independentemente da anuência do executado, salvo quando este houver impugnado a execução, trazendo alegações de direito material (art. 775, do CPC).
  5. Princípio da Utilidade: é que a execução deve ser útil para o exequente, não devendo subsistir execução que não levará a acréscimo patrimonial, que implicará em prejuízo do credor ou que não resultará na satisfação obrigacional.
  6. Princípio da Menor Onerosidade: é uma garantia do executado-devedor. Havendo mais de uma forma de satisfação do crédito existente, deve-se optar sempre pela menos onerosa ao devedor (art. 805, do CPC). Entretanto, cabe ao próprio executado a indicação de meio menos gravoso. 
  7. Princípio do Contraditório: prevalece em todas as fases do processo: conhecimento, recurso e execução. Não pode ser o executado compelido ao cumprimento compulsório de obrigação alegada pelo credor sem ter tido a oportunidade de conhecer as alegações, se manifestar nos autos e ter a possibilidade de influir no curso da execução.
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