O sistema jurídico é composto por diversas espécies de regras, cada qual com sua função e importância. Existem as normas que permitem que valores sociais adentrem ao sistema, os princípios. Há aquelas que se destinam à aplicação de outras normas, funcionando como meta normas, os postulados. Existem, outrossim, as que se destinam a resolver problemas concretos já previstos pelo legislador, as regras. Entre essas não há hierarquia, mas sim distinção de funções.
As normas abstratas são aquelas que não se aplicam ao caso específico, mas sim do dever-ser e/ou dever-fazer, por exemplo: matar alguém, pena: X a Y anos. Ou seja, a norma estabelece pena sobre uma situação abstrata, não se aplicando a uma única hipótese de ocorrência da situação determinada no dispositivo legal.
Nesse sentido, o exemplo acima mencionado estabelece a pena para o sujeito que "matar", não importando a maneira como o fez.
Vale lembrar que mesmo se vier a se concretizar a situação abstrata do diploma legal, a norma não perderá a sua eficácia. Uma referência legal de normas abstratas é o Código Penal.
Diferente das normas abstratas, as normsa concretas são aquelas que delimitam os casos em que podem ocorrer a situação estabelecida nela. Ou seja, em casos concretos.
Por exemplo: uma norma determina que determinado imóvel será de utilidade pública; art. 272, §5º, CPC, que estabelece a nulidade de ato processual em um caso específico, conforme o texto, in verbis:
Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial. (...)
§ 5º Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade. (grifei)
Espero ter esclarecido sua dúvida.
Att.
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Teoria do Processo Geral
•FAECA DOM BOSCO
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