O Processo de Josef K.

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O Processo 
O próprio título do livro sugere algo continuo, burocrático e isso já caracteriza a obra como um todo, fazendo alusão a questão da justiça que é lenta, devido à demora na solução dos conflitos e no julgamento dos processos.
A primeira frase do texto já estabelece o que será tratado no decorrer do livro, o restante será desmembramento, detalhamento e aprofundamento do assunto.
Josef K. acorda no dia do seu trigésimo aniversário com a presença de dois indivíduos desconhecidos em seus aposentos e recebe a notícia de que ele está detido, em seguida foi levado até um inspetor para ser interrogado, antes de iniciar o interrogatório, K. questionou o motivo de estar sendo detido e o porquê. Esse inspetor não sabia o motivo, só informou a K. que ele estava detido, que poderia manter sua rotina diária, mas que seria vigiado.
É valido relatar o fato de que antes mesmo de saber o porquê está sendo processado e por qual crime, K. já estava sofrendo pré-julgamentos de seus vizinhos, que observavam toda aquela situação vivida por ele, pela janela.
A rotina de K. muda de forma muito sutil, uma mudança que não foi repentina, pois ainda cumpria suas obrigações diárias, como trabalhar.
K. exercera uma função hierárquica de superioridade em um banco, e , .ao terminar a jornada de trabalho, normalmente, saía na companhia de um funcionário do banco, em que exercera, contudo, devido ao acontecido foi diretamente para a pensão em que residia.
O protagonista se desculpou com a Sra. Grubah, dona da pensão, pelo incômodo ocorrido, bem como alegou que se sentira de certa forma coagido e, logo, ficou à espera de outra hóspede, a Srta. Burstner, para que se procedesse as respectivas escusas.
Ao chegar tarde da noite, a Srta foi surpreendida por K., que ao adentrar ao seu quarto (o que já não era bem visto à época), explicou-a que estaria, por ora, bagunçado em razão da presença daquilo que ele intitulou como “Comissão de Inquérito” e a solicitou ajuda para resolver o processo, do qual estava sendo acusado, uma vez que a Srta. relatou que iria trabalhar com um advogado e se interessava por matérias relativas à Justiça.
Josef K. ao descrever a “invasão de domicílio, inquérito forçado e processo” em que se submetera, interpretou o quão imperativo teria sido o grito do Inspetor ao chamá-lo, despertando o interesse do sobrinho da dona da pensão, o Capitão, que dormira na sala.
K., então, prôpos assumir a responsabilidade e mentir para preservar a integridade da Srta, porém, sem êxito, já que a mesma não concordou com tal proposta.
Por fim, ao sair dos aposentos da hóspede, K. a beija., vai para seu quarto e reflete o todo seu dia.
Conclusão
É a busca de K. pra entender o que está acontecendo. Quem está processando-o e do que está sendo acusado. Ele busca o tempo todo do que deve se defender.
Josef K. é vítima, não tem como resolver o problema e mesmo assim ele enfrenta. Assume uma postura ativa durante o processo.
Fica evidente, ainda, a questão do abuso de autoridade, pois os funcionários sabiam de suas respectivas funções, porém, as exercem de maneira imperativa e despreparada. 
O pré-julgamento também deve ser levando em consideração, tendo em vista que a situação vexatória em que o investigado é exposto, leva a sociedade a crucifica-lo e coloca-lo, de imediato, como culpado.
Há uma análise crítica com relação ao poder judiciário, colocando o cidadão com uma certa impotência perante toda a burocracia que o cerca. 
Por fim, mostra, exatamente, como a nossa sociedade funciona, uma sociedade pré-regulamentada, burocrática, com acesso fácil a quem tem seus contatos, que maneja os bastidores do judiciário tornando a “justiça injusta”.