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Resumo – Heterocomposição e Autocomposição no Acesso à Justiça
· O livro "Heterocomposição e Autocomposição no Acesso à Justiça" aborda a importância do acesso à justiça, não se limitando apenas ao acesso ao Judiciário, mas garantindo direitos e garantias sociais fundamentais.
Ele discute mecanismos autocompositivos, onde as partes resolvem o conflito por si mesmas, e heterocompositivos, onde um terceiro decide a lide. Exemplos de procedimentos autocompositivos incluem mediação, conciliação e negociação, enquanto arbitragem e jurisdição são exemplos de procedimentos heterocompositivos. O livro analisa o papel do terceiro em cada um desses procedimentos, destacando a importância da autocomposição e heterocomposição como formas de acesso à justiça. Os textos foram produzidos por membros de um grupo de pesquisa sobre políticas públicas no tratamento de conflitos, liderado pelos organizadores do livro.
Os tribunais paraestatais lidam principalmente com disputas contratuais cíveis e empresariais, incluindo cláusulas compromissórias. O aumento da arbitragem em contratos de consumo traz incerteza jurídica devido à presunção de assimetria entre as partes. Decisões recentes têm ajudado a orientar a interpretação do juiz em conflitos normativos, especialmente em contratos de adesão.
· O artigo investiga a possibilidade de usar a arbitragem para resolver conflitos de consumo, considerando a segurança das partes. Métodos alternativos de resolução de conflitos, como arbitragem, mediação e conciliação, são essenciais para aliviar a sobrecarga do sistema judicial e promover uma resolução mais ágil e eficaz. É fundamental capacitar os árbitros para garantir um processo justo e respeitoso.
A mediação é apresentada como um meio eficaz de acesso à justiça, permitindo que as partes envolvidas nos conflitos participem ativamente da busca por soluções amigáveis. São discutidas as vantagens e desvantagens da mediação digital, destacando-se sua institucionalização no Brasil por meio de resoluções do Conselho Nacional de Justiça e leis específicas.
O texto também aborda as diferentes ondas ou iniciativas para efetivar o acesso à justiça, destacando a importância da mediação como parte integrante desse processo. Destaca-se o papel da sociedade como protagonista na solução de questões jurídicas, incluindo a mediação de conflitos entre vítima e ofensor e os círculos restaurativos, como reflexo do desenvolvimento de uma consciência de cidadania ativa.
Em suma, o texto defende a mediação digital como um mecanismo autocompositivo de acesso à justiça no Brasil, destacando sua importância na resolução de conflitos e na promoção de uma cultura de diálogo e conciliação.
Também aborda a mediação no contexto escolar como uma estratégia para tratar conflitos e evitar litígios. Ele destaca que a mediação na escola oferece aos alunos uma alternativa não violenta para resolver conflitos, promovendo o respeito mútuo e a comunicação aberta. O objetivo é capacitar os alunos a prevenir e resolver seus próprios conflitos, promovendo a inclusão e a pacificação social.
A pesquisa orienta-se pela questão de se é possível implementar práticas autocompositivas nas escolas para promover posturas mais ativas e participativas dos alunos, visando modificar a cultura da disputa e prevenir litígios excessivos nos tribunais. A metodologia utilizada é o procedimento monográfico, com base na leitura e fichamento de fontes bibliográficas, e o método de abordagem é o hipotético-dedutivo.
A discussão é dividida em três partes: a primeira aborda a conflituosidade na esfera escolar, destacando a importância da preservação das relações afetadas e o estímulo à criatividade e ao diálogo. A segunda parte discute o instituto da mediação de conflitos, enfatizando sua eficácia na resolução de disputas e na construção de acordos. Por fim, a terceira parte examina as perspectivas da mediação escolar e sua capacidade de provocar mudanças estruturais, tanto no ambiente escolar quanto nas relações sociais em geral.
· A definição de conflito é apresentada como uma divergência entre duas ou mais partes, natural e inerente ao ser humano, com aspectos positivos que podem resultar em consenso. No entanto, se não for tratado adequadamente, pode levar a uma espiral de conflito, intensificando-se ao longo do tempo.
Para abordar conflitos de forma eficaz, é necessário deixar de considerá-los como eventos patológicos e adotar uma abordagem ganha-ganha, onde ambas as partes saem beneficiadas. A mediação é destacada como um método que busca tratar conflitos por meio do diálogo e da busca por soluções consensuais.
Diante do congestionamento do Judiciário brasileiro, evidenciado pelo Relatório Anual do Justiça em Números do CNJ, há uma crescente insatisfação de quem busca o Estado para resolver conflitos. Isso é atribuído à evolução da sociedade, que cria tecnologias e formas de relacionamento, gerando novos conflitos e uma demanda crescente por justiça que o judiciário atual não consegue suprir.
O texto aborda a Lei nº 13.140/2015, conhecida como Marco Legal da Mediação, que complementa a legislação brasileira existente e normatiza a mediação extrajudicial e no âmbito da administração pública. A mediação é definida como uma atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que auxilia as partes a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.
A Lei permite a realização da mediação tanto no âmbito judicial quanto extrajudicial, podendo ter como objeto quaisquer direitos disponíveis ou indisponíveis, desde que admitam transação. No caso da mediação judicial, pode ser realizada antes ou durante o curso do processo judicial, em centros judiciários de solução de conflitos organizados pelos tribunais.
· A mediação extrajudicial, especialmente no contexto da Administração Pública, tem sido destacada devido às inovações legislativas. Pode ser instituída pela iniciativa das partes ou através de previsão contratual, como uma cláusula compromissória. A Lei estabelece requisitos mínimos para a instituição da mediação, tanto para casos de comunicação direta entre as partes quanto para previsão contratual.
Discute também a mediação como uma possível abordagem para lidar com casos de violência doméstica, em um contexto onde os arranjos familiares passam por mudanças significativas e onde a violência de gênero continua sendo uma realidade presente. Embora reconheça a complexidade dessas questões, o texto destaca a necessidade de desconstruir a cultura da desigualdade de gênero e suas manifestações violentas.
A violência de gênero é compreendida como a internalização de padrões interativos de comportamento, transmitidos de geração em geração, afetando principalmente mulheres e crianças. As relações abusivas mantêm crenças rígidas sobre papéis de gênero, contribuindo para a perpetuação da violência. A Lei Maria da Penha surge como uma resposta para enfrentar essa realidade, promovendo a proteção das mulheres em situações de violência e buscando mudanças nos valores sociais associados à violência de gênero.
No entanto, para abordar efetivamente a violência doméstica, é importante considerar não apenas as vítimas, mas também os agressores. Intervenções devem visar a mudança de comportamento de ambos os envolvidos, buscando uma verdadeira transformação nas relações violentas. A mediação é apontada como uma possível intervenção, dependendo da intensidade da violência, da patologia do vínculo e das condições para o estabelecimento de diálogos mediados.
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