Estudo de caso - Direito do Trabalho - Verbas Trabalhistas

O só fato de o empregado exercer trabalho de evidente viés intelectual não serve como óbice ao acolhimento de pedido de equiparação salarial, porquanto a prestação de serviços, em situações tais, pode ser aferida no sentido de perfeição técnica, nos termos do o 1º, do art. 461, da CLT.

O item VII, da Súmula nº 06, do TST dispõe que, havendo a observância dos requisitos previstos no art. 461 da CLT, será possível o reconhecimento do direito à equiparação salarial nos casos de trabalho intelectual, podendo ser avaliada a perfeição técnica, através de requisitos de natureza objetiva.

A equiparação salarial está prevista no artigo  da CLT e no artigo 7º da Constituição da República de 1988. Estes dispositivos legais trazem requisitos para a concretização da equiparação salarial, são eles: idêntica a função, trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade. 

A discusão quanto à equiparação salarial em trabalho intelectual, se dá, principalmente em juízos de primeira instância, pelo grau de subjetividade do trabalho, o que impossibilitaria a análise dos pressupostos do artigo 461 da CLT. 

Ocorre que, o tema já está pacificado pelo Tribunal Superio do Trabalho. A Súmula 6 do TST, em seu inciso VII, afirma que é possível a equiparação salarial do trabalho intelectual, desde que atendidos os pressupostos do artigo 461 da CLT. 

Súmula nº 6 do TST

EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT  (redação do item VI alterada) – Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015

VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003)