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O que socrate define como ética , quem foi socrate, quem ele era , onde naiceu , qual é o seu contributo para ética?

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Ana Carla Lima

Para Sócrates a ética consiste no conhecimento visando alcançar a felicidade. Somentatravés do conhecimento, cria-se a base para o homem agir dentro da ética, priorizandoo coletivo sobre o individual. Com o sentimento da união, mantém-se a sociedade. O respeito às leis é também respeito à coletividade o que é a base da ética.

 

Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 a.C., e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar queSócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de outro importante filósofo grego: Anaxágoras.

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LR

Sócrates (470 a. C. – 399 a. C.), “Filho de Sofronisco e de Fenarete (...) nasceu em Atenas (...) e morreu, condenado pelo tribunal ateniense a tomar cicuta (...) com a idade de 70 anos.” (CHAUI, 2002: 177). Dois pensamentos são comumente imputados à Sócrates: ‘Conhece-te a ti mesmo’ e ‘Só sei que nada sei’, “com elas, o homem, a ética e o conhecimento surgem como as questões centrais da filosofia” (CHAUI, 2002: 187). A respeito de ambos, Chaui esclarece que: “Os relatos dizem que Sócrates dedicou-se a filosofia depois de haver isso ao tempo de Apolo Delfo e ter ouvido uma voz interior, o seu daímon, que o fez compreender que o oráculo inscrito na porta do templo – ‘Conhece-te a ti mesmo’ – era a sua missão” (CHAUI, 2002: 179). A voz interior que Sócrates citada neste episódio da vida o filosofo “lhe transmitiu a mensagem de Apolo: Sócrates é o homem mais sábio entre os homens’. Espantado, Sócrates procura os homens que julgava sábios (políticos e poetas, cuja função é ensinar e guiar os outros), consulta-os para que lhe digam o que é sabedoria. Descobre, porém, que a sabedoria deles era nula. Compreende, entrão, o que daímin lhe diz: ‘Agora já saber por que és o mais sábio de todos os homens’. Sócrates compreende, enfim, que nenhum homem sabe verdadeiramente nada, mas o sábio é aquele que reconhece isso. O início da sabedoria é, pois, ‘sei que nada sei’.” (CHAUI, 2002: 187). Dessa forma, torna-se compreensível o significado real da frase que diz ‘conhece-te a ti mesmo’, “significa que o conhecimento não é um estado (o estado de sabedoria), mas um processo, uma busca, uma procura da verdade. Eis o motivo [e sua grande contribuição para a história da filosofia] que leva Sócrates a praticar a filosofia como missão: a busca incessante da sabedoria e da verdade e o reconhecimento incessante de que, a cada conhecimento obtido, uma nova ignorância se abre diante de nós. Isso não significa que a verdade não exista, e sim que deve ser sempre procurada e que sempre será maior do que nós.” (CHAUI, 2002: 188).

Por fim, para a filosofia socrática, “A finalidade da vida ética (ou filosofia) é a felicidade e esta se encontra na autonomia, isto é, na capacidade do homem para, por meio do saber, dar a si mesmo suas próprias leis e regras de conduta.” (CHAUI, 2002: 202).

Outros pontos importantes para a filosofia socrática:

1. “Não é possível definir uma virtude sem definir a essência da virtude (da areté), isto é, a virtude é uma totalidade com qualidades ou propriedades essenciais que devem estar presentes em todas as suas partes. Antes, portanto, de indagar-se se uma certa forma de conduta é ou não virtuosa é preciso indagar o que é a própria virtude.” (CHAUI, 2002: 201).

2. “Não é possível separar virtude e ciência, isto é, virtude e saber ou virtude e razão; a virtude é uma forma de conhecimento (a mais alta) e não um simples modo de agir. Agimos virtuosamente porque sabemos o que é virtude.” (CHAUI, 2002: 201).

3. “Não é possível conhecer a virtude e agir virtuosamente se não soubermos o que é a razão, e não saberemos o que é a razão se não soubermos o que é a alma (pkykhé) enquanto inteligência racional a essência da alma é a razão; e a ignorância, a doença da alma e origem de todos os vícios.” (CHAUI, 2002: 201).

4. “A razão é a capacidade de chegar às ideias das coisas pela distinção entre aparência sensível e realidade, entre opinião e verdade, entre imagem e conceito, acidente e essência. A raão é o poder da alma para conhecer as essências das coisas.” (CHAUI, 2002: 201).

5. “A alma é diferente do corpo; é a consciência de si, das coisas, do bem e do mal, da justiça e da virtude. É a inteligência enquanto reflexão (conhecimento de si mesma) e interrogação sobre a verdade e realidade das coisas; é o poder intelectual para descobrir em si mesma e por si mesma a verdade e para dar a si mesma e por si mesma as regras da vida ética virtuosa.” (CHAUI, 2002: 201-202).

6. “As coisas de que trata a filosofia não são as coisas naturais da cosmologia mas as qualidade morais e políticas dos homens e os meios de conhece-las.” (CHAUI, 2002: 202).

Referência bibliográfica:

CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles, volume 1. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

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