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Qual foi o impacto da reforma psiquiátrica na comunidade ?

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Marcio Jamariqueli Junior

a reforma psiquiatrica visa dismistificar a patologia, ou seja, não tratar de forma manicomial mas sim humana, visando as particularidades do individuo

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Isabela Gama Barbosa

O movimento da luta antimanicomial no Brasil culminou instucionalmente na Reforma Psiquiátrica, que visou construir um novo estatuto para os indivíduos em sofrimento psíquico e usuários da rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma visão antimanicomial pressupõe, é claro, que abandonemos os manicômios (que são instituições que operam a partir da lógica patologizante e de exclusão social do sujeito, que torna-se definido apenas por sua "doença"), mas para além disso que possamos nos destituir das lógicas manicomiais (que estão para além dos muros do hospital psiquiátrico, se dão toda vez que estabelecemos uma relação de tutela e/ou redução do sujeito a um diagnóstico) e construir novos dispositivos de cuidado. Esse processo se dá institucionalmente de maneira descontínua, com a substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos por serviços substitutivos aprovada por leis estaduais, mas é apenas em 2001 que a lei em âmbito federal é sancionada, permitindo muitos avanços no campo da saúde mental, com a expansão dos serviços substitutivos (como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Centros de Convivência e Cultura e as Residências Terapêuticas, modelos de serviço que não são pensados na lógica da internação de longos períodos, mas sim como espaços que o sujeito possa frequentar (ou morar, no caso da residência terapêutica) e ter seu cuidado garantido, sem que isso signifique estar apartado do mundo, de suas relações, da cidade). Além dos serviços substitutivos, colocam-se em prática outros modos de pensar e operar na saúde mental, como no caso das políticas de álcool e drogas, através da implementação da Redução de Danos como uma diretriz de trabalho. Todo esse processo, que até hoje ainda se constrói, permite que se estabeleça uma outra concepção de saúde mental, que envolve o usuário do serviço de saúde como protagonista desse processo e não mais de modo passivo, destacando a importância da vivência na cidade para o processo terapêutico e de se construir redes de cuidado em seu próprio território (bairros, áreas da cidade).

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