A maioria dos casos de neuropatia periférica é provocada pelo desenvolvimento de lesões inflamatórias ou degenerativas nas fibras nervosas, ou seja, nos axónios dos neurónios que constituem os nervos periféricos, sem que os corpos celulares sejam afectados. Em alguns casos, como nas neuropatias de origem tóxica, farmacológica e diabética, em primeiro lugar, costumam ser afectados os axónios e, posteriormente, as bainhas de mielina que revestem as fibras nervosas. No entanto, noutros casos, a ocorrência de um processo de desmielinização provoca uma perda das bainhas de mielina e a posterior lesão dos axónios. Estas alterações podem ser provocadas por vários mecanismos: por uma agressão directa de agentes infecciosos ou produtos tóxicos às fibras nervosas, por uma insuficiente irrigação sanguínea provocada por uma alteração dos pequenos vasos que nutrem os nervos periféricos, por uma reacção imunitária anómala em que sejam produzidos anticorpos contra os axónios ou contra as bainhas de mielina dos nervos periféricos, etc.
As possíveis causas são extremamente variadas: infecciosas, metabólicas, tóxicas, imunitárias, degenerativas, etc. Entre outros motivos, a doença pode ser provocada por uma complicação da diabetes mellitus (neuropatia diabética), alcoolismo (neuropatia alcoólica), carências vitamínicas (sobretudo do grupo B, nomeadamente da tiamina), intoxicação por metais pesados (nomeadamente chumbo, mercúrio e arsénio) ou determinados medicamentos, insuficiência hepática, insuficiência renal (neuropatia urémica), hipotiroidismo e lepra.
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Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida
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