Nosso Código Civil não conceituou a obrigação divisível, mas sim a indivisível (CC, art. 258), embora não desconheça a íntima relação entre o problema da divisibilidade e da indivisibilidade e do objeto das obrigações.
As obrigações divisíveis e indivisíveis são compostas pela multiplicidade de sujeitos no qual há um desdobramento de pessoas no polo ativo ou passivo, ou mesmo em ambos, passando a existir tantas obrigações distintas quantas pessoas dos devedores ou dos credores. Nesse caso, cada credor só pode exigir a sua quota e cada devedor só responde pela parte respectiva (CC, art. 257).
A prestação é assim distribuída rateadamente, segundo a regra concursu partes fiunt (as partes se satisfazem pelo concurso). Porém, sofre esta duas exceções: a da indivisibilidade e da solidariedade, nas quais, embora concorram várias pessoas, cada credor tem direito de reclamar a prestação por inteiro e cada devedor responde também pelo todo.
O Código Civil de 1916, apartando-se do sistema do Código Civil francês, não conceituou a distinção entre as obrigações divisíveis e indivisíveis, limitando-se a declarar os efeitos de uma e de outra, no caso de pluralidade de credores ou de devedores.
A obrigação indivisível é aquela cuja prestação só pode ser cumprida por inteiro, não comportando, por sua natureza (p. Ex., animal), por motivo de ordem econômica (p. Ex., pedra preciosa) ou dada a razão determinante do ato negocial (p. Ex., reforma de prédio por vários empreiteiros, em que o dono da obra convenciona que pode exigi-la por inteiro de qualquer um deles), sua cisão em várias obrigações parceladas distintas, pois, uma vez cumprida parcialmente a prestação, o credor não obtém nenhuma utilidade ou obtém a que não representa a parte exata da que resultaria do adimplemento integral.
A indivisibilidade da obrigação é trazida pelo art. 258, do Código Civil, segundo o qual teremos obrigação indivisível quando o objeto da prestação não puder ser dividido, seja por sua natureza (e.g. um cavalo que será entregue para duas pessoas), por motivo de ordem econômica (e.g. divisão de diamante) ou pela razão determinante do negócio jurídico (e.g. obra em bem em condomínio).
"Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico."
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