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CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES QUANTO AOS SUJEITOS

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CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES QUANTO AOS SUJEITOS (OBRIGAÇÕES COMPOSTAS PELA MULTIPLICIDADE DE SUJEITOS)
Quanto aos sujeitos as obrigações podem ser: simples (quando os polos são formados por apenas uma pessoa, um só credor e um só devedor) e as solidárias são aquelas em que há mais de um credor com direito ao mesmo objeto (solidariedade ativa) ou mais de um devedor obrigado à mesma prestação (solidariedade passiva). 
OBS: SOLIDARIEDADE MISTA (QUANDO SE TEM PLURALIDADE DE SUJEITOS NOS DOIS POLOS DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL).
PONTUAÇÕES RELEVANTES
A solidariedade, ao contrário da indivisibilidade, independe da natureza do objeto da prestação;
Caracteriza-se pela unidade objetiva da obrigação (art. 264 do CC): cada um com direito (credor) ou obrigado (devedor) a dívida toda;
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
 A solidariedade não se presume, decorre de lei (solidariedade legal) ou da vontade das partes (solidariedade convencional), segundo art. 265 do CC.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Decorre da autonomia privada, assim nada impede que seja pura ou simples, condicional (a evento futuro e incerto), a termo (a exigibilidade está condicionada a evento futuro e certo) ou com modo ou encargo (oneradas com um ônus, imposto a um das partes). 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
Ex: “José é devedor de João e este como credor, exige que lhe seja prestado aval por outras duas pessoas. Os dois avalistas (Marcos e Paulo) assumem a obrigação como devedores solidários, mas um deles (Paulo) impõe no contrato a condição de que só se tornará devedor se a partir de quando for contratado para determinado emprego. Assim, independente do implemento dessa condição, João pode cobrar o pagamento da dívida do demais devedores solidários (José e Marcos), pois estes não poderão opor a ele condição que favorece apenas Paulo”.
OBS: Esse rol é exemplificativo.
Enunciado 347 do IV Jornada do CJF: “ a solidariedade admite disposições de conteúdo particular além do rol previsto no art. 266 do Código Civil”
Ex: “Pode-se estipular, num contrato que preveja solidariedade passiva, que apenas um dos devedores esteja sujeito ao pagamento da multa moratória, em caso de inadimplemento, isentando-se os demais desse ônus”. 
“NA SOLIDARIEDADE HÁ UMA RELAÇÃO JURÍDICA INTERNA (DENTRO DO POLO ATIVO OU DO POLO PASSIVO), AO LADO DE UMA RELAÇÃO JURÍDICA EXTERNA (ENTRE O POLO ATIVO E PASSIVO). Isto é facilmente percebido pelo fato daquele que adimpliu poder exigir reembolso dos demais codevedores que não o tenham ajudado no pagamento (relação interna no polo passivo após a conclusão da relação externa entre credor e devedor). O mesmo ocorre com quem recebeu toda a dívida (relação externa), pois terá que redistribuir observando a quota-parte dos demais credores (relação interna no polo ativo)”. (FIGUEIREDO, Luciano; FIGUEIREDO, Roberto. Jus Podivum: 2015, p. 105) 
Caio, Tício e Pompeu se fazem devedores solidários de um Credor pela quantia de R$ 3 milhões, sendo que esta obrigação interessa igualmente a todos os devedores, e todos são solventes. Considerada essa hipótese, assinale a opção correta.
a)	Paga a integralidade da dívida por Caio, nada poderá cobrar de Tício ou de Pompeu.
b)	Paga a integralidade da dívida por Caio, poderá cobrar R$ 2 milhões tanto de Tício quanto de Pompeu.
c)	Qualquer dos 3 co-devedores pode, ao dele se exigir a integralidade da dívida, opor ao Credor tanto as exceções que lhe forem pessoais quanto as exceções pessoais aos outros co-devedores não demandados.
d)	Paga a integralidade da dívida por Caio, poderá ele cobrar R$ 1 milhão de Tício e R$ 1 milhão de Pompeu.
 	 
 
 OBS: QUESTÃO COBRADA NO CONCURSO DE JUIZ-TJSP (VUNESP-2013)
SOLIDARIEDADE ATIVA
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
Dessas regras advém alguns fatores:
Cada um dos credores solidários pode cobrar a dívida toda e o devedor pode pagar a dívida a qualquer um deles enquanto não for demandado por um ou alguns destes. Assim, qualquer credor pode, extrajudicialmente, cobrar a dívida toda e qualquer devedor quitar a obrigação. Todavia, ocorrendo o ajuizamento da ação, o pagamento somente será feito dentro do processo. É o que Maria Helena Diniz sustenta como sendo o instituto da prevenção judicial (ocorre quando da citação, pois o juiz se torna prevento). 
2) O pagamento feito a um dos credores, extingue a dívida até o montante do que se pagou. Assim, se pagou a dívida toda ocorre a EXONERAÇÃO TOTAL e o credor que recebeu a quantia total, deve repassar as quotas-partes aos demais. Todavia, se pagou apenas parte da dívida, fica exonerado apenas daquele valor, os restante permanece em aberto.
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
OBS: 1) A solidariedade ativa continua a vigorar no sentido da possibilidade de cobrança, pois a obrigação se transmite causa mortis até as forças da herança e com o óbito ocorre o fenômeno da REFRAÇÃO DO CRÉDITO.
2) O espólio tem direito a dívida toda, pode exigir o pagamento total, pois representa o credor falecido, se agirem de forma conjunta. Todavia, se agirem separadamente cada herdeiro, só poderá cobrar a quota-parte que lhe cabe, 
3) A REFRAÇÃO DO CRÉDITO só se aplica se a obrigação for divisível, caso seja indivisível poderá cobrar cada herdeiro pela dívida toda, sendo que nesse caso, se responsabiliza em fazer o repasse das qotas-partes dos demais. Ex: automóvel (dívida), um cavalo.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
OBS: 1) Difere das obrigações indívisíveis, pois a solidariedade decorre da lei ou da convenção das parte e não do objeto da prestação. Assim, o credor continuará podendo exigir a dívida toda e o devedor pagar por inteiro.
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
A remissão da dívida na solidariedade exonera por completo o devedor, mas aquele credor que remitiu responde perante aos demais pelas quotas-partes que lhes cabiam.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
Aplica-se o Princípio da inoponibilidade das exceções (defesas) pessoais). As exceções pessoais não podem ser opostas insdistintamente aos credores solidários, pois possuem natureza personalíssima. Assim, os vícios de vontade, causas de anulabilidade do negócio jurídico, condições, termos etc não se comunicam.
Ex: 1) Se o direito ao crédito de um dos credores está sujeito a termo, tal exceção não pode ser oposta aos demais;
 2) Se um dos credores agiu de má fé quando da celebração do contrato, os demais que agiram de boa fé não podem ser prejudicados;
Art. 274.  O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles.            (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015)
“Se um dos credores perde em juízo, isto não interfere, não é ficaz, em relação aos outros. Se o credor vai a juízo e ganha, esta decisão beneficiará os demais credores, salvo se o devedor tiver exceção pessoal que possa ser oposta a outro credor, não participante do processo. Comefeito, em relação àquele que promoveu a demanda, o devedor nada mais pode opor.” (FIGUEIREDO, Luciano; FIGUEIREDO, Roberto. Jus Podivum: 2015, p. 109) 
SOLIDARIEDADE PASSIVA
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Se o credor aceitar o pagamento parcial da dívida, dando a respectiva quitação também parcial, subsiste o restante do débito com a mesma característica, ou seja, continuam os devedores solidariamente obrigados ao montante, pois a solidariedade não se presume decorre de lei ou convenção, assim como a renúncia.
A propositura da ação em face de um, ou de alguns dos devedores, não exonera os demais, os quais persistem solidariamente obrigados. Ex: Se A é credor de B, C e D (devedores solidários), e propõe ação apenas em face de B, isto não quer dizer que ele está renunciando a solidariedade em face de C e D.

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