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Quais os principios de Piaget?

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Gustavo Campos

1. O desenvolvimento intelectual implica mudanças qualitativas.

        A criança não é um adulto em miniatura, dotado do mesmo equipamento básico, mas com menos aptidões ou com aptidões menos desenvolvidas. Para Piaget há uma diferença entre o adulto e a criança quanto ao modo de funcionamento intelectual.

2. O conhecimento é uma construção activa do sujeito.

        O desenvolvimento cognitivo não consiste na recepção passiva da informação proveniente do meio nem na pura e simples actualização de um potencial genético na aplicação de estruturas e esquemas dados à priori. O construtivismo de Piaget supera quer o empirismo quer o inatismo. Exceptuando alguns esquemas reflexos simples, o que há de inato em nós? A necessidade de conhecer, ou seja, de adaptação ao meio. Conhecer é construir estruturas que possibilitem tal adaptação. Como se formam essas estruturas? Mediante a actividade do sujeito no confronto com o meio. Construtivismo significa assim que, tendo em conta o processo de maturação, construímos a nossa compreensão da realidade. É uma perspectiva interaccionista.

3. O desenvolvimento cognitivo é descontínuo, qualitativamente diferenciado, processando-se ao longo de momentos distintos denominados estádios.

        Segundo Piaget, pensamos e raciocinamos de forma qualitativamente diferente em diferentes fases do desenvolvimento intelectual. Todos percorremos uma sequência estruturalmente invariante de quatro períodos qualitativamente distintos, ou seja, não podemos saltar estádios ou passar por eles numa ordem diferente. Não obstante, pode variar a idade em que atingimos cada estádio.

        A organização do desenvolvimento segundo estádios significa que a ordem da progressão não varia e que todos os seres humanos seguem uma previsível série de transformações.

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lorena possatti de oliveira

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

O desenvolvimento cognitivo durante a infância consiste no processo de compreensão e do entendimento da criança. De como as crianças pensam sobre o mundo. – Jean Piaget – Psicológo e o mais influente sobre este estudo. O desenvolvimento genético epistemológico de Jean Piaget – É sobre o desenvolvimento cognitivo. De como a criança se desenvolve cognitivamente e fisiologicamente – suas capacidades motoras, cognitivas, afetivas. De como elas compreendem o mundo, entendem e pensam no ambiente em que estão.

Piaget foi o psicológo suiço mais influente em que se dedicou aos estudos de como as crianças pensam e constroem o seu conhecimento, criando a teoria do conhecimento – Epistemologia Genética, em que foi dividido em 4 períodos da criança. Não são vistas como regras e sim como referências. Ele viveu 84 anos de sua vida – nasceu em 1896 e morreu em 1980.

Piaget elaborou os seus estudos a partir de observações dos seus filhos e amigos dos seus filhos. Ele acreditava na pedagogia relacional, onde trás como o foco principal o Construtivismo: A partir da formação da criança, ela passará por processos de novas habilidades, no qual era agirá sobre tal assimilação de conhecimento, ou seja, terá uma ação sob essa aprendizagem, se adaptará e logo acomodará aquela assimilação cognitiva. E assim, ela poderá passar para a próxima etapa, logo após que passar pelo processo de acomodação.

“Piaget acreditava que o desenvolvimento cognitivo era um modo de adaptação ao ambiente”. Com certeza! As crianças que estão neste processo de desenvolvimento cognitivo, não são inatas, não vinheram prontas, logo estão sofrendo ainda essa assimilação de acordo com a aquisição de novas habilidades. Não são inatas -       “já nasce pronto” e como também não é apenas do conhecimento empirista – “adquire conhecimentos através das experiencias do mundo – ambientalista”. Não! As crianças, como Piaget defende, trás uma relação de construtivismo: Ambas fazem parte deste processo de acomodação. Estes dois polos sofrem neste processo de assimilação da apredizagem. Ambos constituem o ser sociocultural – Tanto pelas experiencias em que o ambiente lhe favorece,como a sua formação genética.Ambos trazem a ideia de construção – Criar, indagar, construir.

Piaget divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas habilidades e qualidades do pensamento.

Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que melhor o individuo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos passam por essas fases, porém o inicio de cada uma delas e o seu término, depende das características biológicas e as estruturas  cognitivas que contribuem em seu desenvolvimento. A divisão dessas faixas etárias não são regras, apenas uma referência.

Piaget – dividiu o desenvolvimento cognitivo em várias fases, em que a cada período tem suas características, e a criança só passará para a próxima fase quando ela assimilar e acomodar.

Nós não nascemos humanos, nos tornamos humanos através da interação social e afetiva. Quanto mais a interação social diminuí, aumenta a violência.

Principais fatores que influênciam o ser humano:

Genético – Cognitivistas - Inatistas.

Ambientais – Experiências - Ambientalistas.

Interacionista - Influências genéticas e ambientais. - Ambos não podem ser dissociados.

Os pensadores acreditavam que a influência ambiental era o que mais influênciava o desenvolvimento humano.

Piaget – Criou as etapas do desenvolvimento humano. Segundo ele, quando a criança assimilava as características de tal etapa, ela entrava em um processo de acomodação.

 

Fases de desenvolvimento de acordo com Jean Piaget:

1º Período – Sensório Motor (0-2 anos).

Quais são as características dessa etapa do desenvolvimento humano cognitivista da criança?

No primeiro período, conhecido por Sensório Motor, que é visto de zero a dois anos de idade, as caracteristicas dessa etapa que englobam é que a criança conquista os seus conhecimentos através da percepção, dos reflexos e do movimento em todo o universo que a cerca. Além disso, o seu desenvolvimento fisiológico é acelerado – desenvolvimento motor -  o termo utilizado para a aquisição de habilidades motoras, como se movimentar, andar, engatinhar, agarrar, agachar. E assim a criança vem adquirindo novas habilidades. Ela tem uma inteligência prática limitada em que está ligada aos aparelhos reflexivos, como exemplo podemos destacar quando a criança sente o medo, ou quando a porta bate forte, ela ouve e pisca – as suas percepções e os seus reflexos estão em desenvolvimento da prática. Uma das características, é que no ínicio do período a criança não consegue se diferenciar do mundo, acreditando-se que é extensão dele. Ele e o mundo são os mesmos, entendendo que é uma extensão da mãe. Já no final da fase, aos dois anos, a criança já compreende que não é um ser único: diferencia-se do mundo, como um ser diferente dos outros – principal característica dessa etapa. Outra característica, que podemos citar, e importantíssima, é que a criança imita os adultos, e em relação ás regras elas têm uma atitude de anomia, logo, não as compreende.

2º Período – Pré-Operatório (2-7 anos).

No segundo período, caracterizado pelo Pré-Operatório, que é visto de dois a sete anos de idade, trazem como característica dessa etapa o pensamento que ainda está muito limitado ás experiências físicas e perceptivas, ou seja, a criança só consegue pensar em algo se ver ou se pegar, é um período em que ela ainda não construiu o pensamento abstrato. Porém, nessa fase, a criança começa ter a capacidade das representações mentais, tendo como base do desenvolvimento da linguagem o uso de palavras que representam acontecimentos e símbolos (surge a imaginação e a construção da criatividade), além de recordar as experiências e descrevê-las. É a fase em que a criança está desenvolvendo a sua linguagem, no qual acarretará nas modificações nos seus aspectos intelectual, afetivo e social. E a interação e comunicação entre os indíviduos, são uma das consequências pelo uso da linguagem com a palavra, sendo de tamanha importância que a criança consiga se comunicar, se expressar em sua vida social, intelectal e afetiva. Então essa interação e a comunicação possibilitará a criança no desenvolvimento de sua linguagem, suas opiniões, gostos, desejos, necessidades. Haverá uma abertura deste diálogo. Outra característica é o compreendimento do código de linguagem. A palavra é uma forte influência na vida do sujeito. Além do mais, a criança começa a fazer planos, antecipando as suas ações, compreendendo o que foi ontem, o que é hoje e o que é o amanhã. Uma das principais características dessa fase, é que o pensamento cognitivo se acelera, podendo outras habilidades surgirem e se desenvolverem. A criança possui um repertório verbal imitativo, sem saber dominar os seus significados. Outro ponto que podemos destacar, é que a criança se encontra centrada sobre si mesma, onde ocorre o egocentrismo, não sabendo se colocar no lugar do outro, o que dificulta trabalhar em grupo, entendendo apenas o seu próprio ponto de vista, e acabam se enganando pelas aparências.

No aspecto afetivo, surgem os primeiros sentimentos individuais. A partir daí que começa a se construír os sentimentos de valores, criando o respeito e o amor pela família e professores, indíviduos que julga como superiores. Em relação as regras, obedece por medo da punição.  Já no final deste período, a maturação fisiológica completa-se, assim novas habilidades surgirão e irão se desenvolver. A coordenação motora, no final do período é fina – Pegar objetos com as pontas dos dedos, segurá-las corretamente, com movimentos mais delicados exigidos pela escrita. E nesse período, ainda não tem o conceito de números. Conhecerá os números, mas trabalhar com os número não conseguirá, como por exemplo multiplicar, dividir, somar e subtrair.

3º Período – Operacional Concreto (7 a 11 ou 12 anos).

No terceiro período, caracterizado pelo Operatório Concreto, que é visto de sete a onze ou doze anos de idade, trazem como característica que nessa etapa a criança se torna mais flexível aos seus pensamentos, possibilitando organizar os problemas e levar em conta sobre todos ao mesmo tempo. Além disso, a criança deixa de lado o egocentrismo afetivo e intelectual, sendo capaz de trabalhar em grupo e compreendendo os vários pontos de vista das outras crianças, assim havendo a cooperação entre todos. A partir desse momento também, a criança começa a ter a autonomia pessoal em relação ao adulto, passando a organizar os seus próprios valores mútuos – eles já foram construídos, a criança apenas organizará a partir dos seus sentimentos, se é bom para ela ou não. É neste período que surge o sentimento de pertencer a grupos, a cooperar, além disso a criança vai escolhendo os seus amigos. Porém, nesse fortalecimento de grupo, implica a criança na seguinte questão: a criança que considerava no inicio do período as ideias dos adultos, no final passa a “enfrentá-las”, e ter a autonomia pessoal. Além disso, as crianças passam a ter sua organização pessoal, mesmo que seja em grupo, as regras e as normas são concebidas válidas e verdadeiras. No seu nível de pensamento, a criança consegue estabelecer as relações de causas e efeitos – as consequências de tais ações. Consegue sequenciar ideias e eventos, compreende o conceito de números – as suas operações.

4º Período – Operações Formais – 11 a 12 anos.

No quarto período, chamado por Piaget de operações formais, que é caracterizado de onze á doze anos de idade, as crianças já conseguem pensar de maneira abstrata e compreender a sua subjetividade, sabendo lidar com os conceitos e sentimentos de liberdade, justiça, de amor, carinho. Além disso, elas são capazes de formular várias hipóteses, como pensar sobre as consequências e causas de alguma determinada ação.

A criança realiza operações no plano de ideias, como poderá ser, tendo a característica de um pensamento abstrato.

Nas suas relações sociais, ocorre o processo de iniciar uma fase de interiorização – ou seja, uma fase mais anti-social, onde ela começa a não ouvir os conselhos dos adultos, se afastando da família, pois além de formular as suas hipóteses, ela se vê capaz de ter as suas próprias ideias, opiniões e conceitos em que está aprendendo a lidar. Ela reflete sobre a sociedade em que vive, e como tem a vontade de mudá-lo e mudar a si mesmo, provocando dentro de si a vontade de buscar as utopias, com o objetivo de tranformação.

No aspecto afetivo, a criança vive conflitos, pois deseja a liberdade do adulto, porém depende dele. Deseja além disso, ser aceito pelos amigos e até mesmo pelo adulto. O seu grupo de amigos é muito importante para ele, e é visto como um referencial em sua vida, que vem determinado o vocabulário, vestimentas e outros aspectos de comportamento. Devemos também nos lembrar, que os interesses dos adolescentes mudam, e quando se instabiliza, já vem chegando a fase adulta.

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