A responsabilidade civil no âmbito familiar é tema que tem ganhado atenção jurisprudencial recente. Com o escopo de descrever tal fenômeno no âmbito conjugal em virtude de violação do dever de fidelidade, objetiva-se, inicialmente, explicitar os deveres conjugais estabelecidos na legislação. Na sequência, passa-se ao estudo do panorama geral da responsabilidade no contexto familiar para, em seguida, adentrar na temática da responsabilidade oriunda da infidelidade conjugal. Para tanto, busca-se estudar o fenômeno em questão através de análise bibliográfica e legislativa, além das manifestações jurisprudenciais nacionais nos últimos sete anos, tanto do Superior Tribunal de Justiça quanto dos Tribunais de Justiça. Assim, há de se analisar a possibilidade de responsabilizar o cônjuge adúltero e o amásio em virtude de infidelidade conjugal, bem como verificar possíveis efeitos sobre a prole. Também será estudada a possibilidade de infidelidade virtual. Ao final, conclui-se que os tribunais têm se inclinado pela possibilidade de responsabilizar o cônjuge adúltero e não o amásio, bem como pela possibilidade de desconstituir a paternidade do pai que registrara como seu filho havido entre sua esposa e o amante. Também se conclui pela dificuldade probatória em questões de infidelidade virtual, o que reflete a peculiaridade do tema e a forma com que os magistrados passam a adentrar em esferas tão particulares dos relacionamentos maritais.
O dever de fidelidade consiste no dever de lealdade, cumplicidade entre o casal. Muitos argumentam também que este dever engloba, principalmente, as relações sexuais, a satisfação sexual entre os parceiros. Dessa maneira, é afirmado que a "evidência" do descumprimento desse pode ser vista no fato de um dos companheiros ter relações sexuais com pessoa estranha ao casamento.
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Direito de Família e Sucessões
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