A Teoria do duplo estatuto foi estabelecida a partir de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, referente a um habeas corpus impetrado com objetivando a soltura de indivíduo acusado de receptação ilegal. A prisão do depositário infiel é prevista pela nossa Constituição Federal, contudo, era contrária às disposições da Convenção Americana de Direitos Humanos, ratificada e incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro. Assim, o Supremo Tribunal Federal buscou resolver tal impasse, por meio de tal decisão, a qual se tornou paradigmática para a interpretação e aplicação dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos.
Considerando tal decisão, diga o que é a teoria do duplo estatuto e analise de forma crítica sua repercussão sobre a interpretação e aplicação dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos incorporados ao nosso ordenamento.
m relação à hierarquia dos tratados de direitos humanos, podemos afirmar que o STF adotou a teoria do duplo estatuto dos tratados de direitos humanos: natureza constitucional, para os aprovados pelo rito do art. 5º, § 3º, e natureza supralegal, para todos os demais, quer sejam anteriores ou posteriores à Emenda Constitucional n. 45, e que tenham sido aprovados pelo rito comum (maioria simples, turno único em cada Casa do Congresso).
Trata-se de terminologia referida pela doutrina especializada e que deve ser de conhecimento de vocês. Entendo que cobrar o conhecimento de determinadas terminologias não é a forma mais inteligente de se testar o conhecimento do candidato, mas é fato que os examinadores assim o exigem – e não podemos discutir sobre isso!
Assim, podemos afirmar que o art. 5º, § 3º, da CF/88 motivou a revisão do posicionamento do STF sobre a hierarquia dos tratados de direitos humanos no Brasil. No julgamento do RE 466.343, simbolicamente também referente à prisão civil do depositário infiel, a maioria de votos dos Ministros sustentou novo patamar normativo para os tratados internacionais de direitos humanos, inspirada pelo § 3º do art. 5º da CF/88 introduzido pela EC n. 45/2004.
A nova posição prevalecente no STF foi capitaneada pelo Min. Gilmar Mendes, que, retomando a visão pioneira de Sepúlveda Pertence (em seu voto no HC 79.785-RJ), sustentou que os tratados internacionais de direitos humanos, que não forem aprovados pelo Congresso Nacional pelo rito especial do art. 5º, § 3º, da CF/88, têm natureza supralegal: abaixo da Constituição, mas acima de toda e qualquer lei.
Já os tratados aprovados pelo Congresso pelo rito especial do § 3º ao art. 5º (votação em dois turnos nas duas Casas do Congresso, com maioria de três quintos) terão estatuto constitucional.
Ficou consagrada a teoria do duplo estatuto dos tratados de direitos humanos: natureza constitucional, para os aprovados pelo rito do art. 5º, § 3º; natureza supralegal, para todos os demais, quer sejam anteriores ou posteriores à Emenda Constitucional 45 e que tenham sido aprovados pelo rito comum (maioria simples, turno único em cada Casa do Congresso).
Em resumo, com a consagração da teoria do duplo estatuto, temos que:
A Teoria do Duplo Estatuto nada mais é que o controle de uma norma internacional em âmbito nacional. Ou seja, ela diz respeito a maneira como os Direitos Humanos devem ser tratados em âmbito internacional e nacional visando proteger a soberania do Brasil evitando absorver leis internacionais sem utilidades práticas dentro do nosso território.
Em nosso ordenamento jurídico, a Teoria dos Estatutos deve estar pautada em norma constitucional estabelecendo que os tratados internacionais que forem aprovados pelo congresso terão força constitucional. O tratado internacional tem que ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal de acordo com o quórum qualificado presente no art 5°, §3° da CF/88. Caso o tratado não seja aprovado nesses moldes, ele adquire força de norma supralegal (colocando-se acima das leis, porém abaixo da Constituição).
Bom dia !
Com base na Legislação vigente e abordando os aspectos Direitos humanos a Teoria do Duplo Estatuto é pautada por relações jurídicas desenvolvidas no plano internacional que se organizam no plano político.
Neste contexto, a Teoria do Duplo Estatuto dos Direitos Humanos no âmbito do Supremo Tribunal Federal no julgado de habeas corpus, onde foi estabelecido de forma muito amigável a maneira como os Direitos Humanos devem ser classificados, assim como, este tratados devem ser normatizados dentro do país.
Portanto, a Teoria dos Estatutos estará pautada em Normal Constitucional, que visa que tratados internacionais aprovados no Congresso Nacional, segundo o artigo 5 da CF terão força constitucional.
E estará Pautada em Força de Norma Supralegal sendo tratados nas duas casas mas não estarem inclusos nas normas do artigo 5º DA cf.
E por último, terá Força de Lei Ordinários quando os tratados não estiverem embasados em assuntos tangentes aos Direitos Humano.
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Direitos Humanos e Direitos Humanos Fundamentais
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