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Direitos Humanos_Questão Discursiva Teoria Duplo Estatuto

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Direitos Humanos – Atividade Discursiva 
Aluno: Geraldo Magela Batista - Curso de Direito 
Visite o Site: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
Questão 
 
A Teoria do duplo estatuto foi estabelecida a partir de uma decisão do 
Supremo Tribunal Federal, referente a um habeas corpus impetrado com 
objetivando a soltura de indivíduo acusado de receptação ilegal. 
 
A prisão do depositário infiel é prevista pela nossa Constituição Federal, 
contudo, era contrária às disposições da Convenção Americana de Direitos 
Humanos, ratificada e incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro. 
 
Assim, o Supremo Tribunal Federal buscou resolver tal impasse, por meio 
de tal decisão, a qual se tornou paradigmática para a interpretação e 
aplicação dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos. 
 
Considerando tal decisão, diga o que é a teoria do duplo estatuto e analise 
de forma crítica sua repercussão sobre a interpretação e aplicação dos 
Tratados Internacionais de Direitos Humanos incorporados ao nosso 
ordenamento. 
 
Resposta: 
 
A Teoria do Duplo Estatuto tem este nome pelo fato das leis (inclusive as leis 
complementares) e atos normativos são válidos se forem compatíveis, 
simultaneamente (duplamente), com a Constituição e com os tratados 
internacionais de direitos humanos incorporados. 
 
Visa conferir natureza constitucional aos tratados de Direitos Humanos e 
controle constitucional de uma norma internacional a ser incorporada em nosso 
ordenamento jurídico. Aborda as relações jurídicas desenvolvidas no plano 
internacional e sua incorporação no sistema jurídico nacional. 
 
No caso, da natureza constitucional, os tratados e convenções sobre direito 
humanos que aprovados, em cada casa do congresso, em dois turnos por 3/5 
dos votos, e natureza supralegal a todos os demais, anteriores e posteriores, a 
emenda que estabeleceu o rito no artigo 5°, § 3° da Constituição Federal de 1988 
e que tenha sido aprovado pelo rito comum. 
 
Art. 5º, § 3º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Os tratados e 
convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos 
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. 
O referido artigo fez com que o STF fizesse uma revisão sobre a hierarquia dos 
tratados de direitos humanos no Brasil. No rol desde artigo tivemos o julgamento 
do RE 466.343 referente a prisão civil do depositário infiel, para sua adequação 
ao novo patamar normativo dos tratados e convenções internacionais. Assim a 
prisão depositário infiel foi descartado do nosso sistema normativo. 
 
Neste mesmo julgamento prevaleceu que os tratados internacionais de direitos 
humanos, que não forem aprovados pelo Congresso Nacional pelo rito especial 
do art. 5º, § 3º, da CF/88, têm natureza supralegal: abaixo da Constituição, mas 
acima de toda e qualquer lei. 
 
 
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