há a penhora no rosto dos autos quando se penhoram créditos do devedor que os possui em processo judicial no qual figura como credor. Vale dizer, são penhorados créditos que possui o executado em outro processo em que figura como autor.
A penhora "normal" ocorre quando recai sobre bens e direitos já titularizados pelo executado, tantos quanto necessários forem para satisfação da execução.
"Art. 831, do CPC. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios."
Na penhora no rosto dos autos, recairá sobre expectativa de direito existente em outro processo, quando deverá ser anotada, no rosto dos autos.
"Art. 860, do CPC. Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, a penhora que recair sobre ele será averbada, com destaque, nos autos pertinentes ao direito e na ação correspondente à penhora, a fim de que esta seja efetivada nos bens que forem adjudicados ou que vierem a caber ao executado."
Vamos exemplificar:
O normal aconteceria se Lucas vence Paulo em uma ação indenizatória e requer ao juiz a penhora de um carro que Paulo já possui para satisfação da indenização.
No rosto dos autos, Lucas vence Paulo em ação indenizatória, mas requer seja "anotado no rosto dos autos" de um processo manejado por Paulo em face da empresa Alfa, ainda não vencido, informando que, havendo êxito de Paulo, o credor será, na verdade, Lucas, pois existe a necessidade de satisfação de crédito naquela outra ação.
É claro que aqui não abordamos detalhes e complicações das fases executivas, pois o intuito era demonstrar, didaticamente, as diferenças entre penhoras, então partimos do pressuposto de que tudo que se expôs era admissível no caso concreto.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Direito Processual Civil I
Arbitragem, Mediação e Conciliação
•ESTÁCIO
Direito Processual Civil IV
•ESTÁCIO
Compartilhar