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Resolva o Caso em tela.

Uma mulher com compulsão sexual, já comprovada e em tratamento pelos médicos, acaba abordando um homem na rua, não  informa de sua patologia, e o convence  a ter com ela  relações em lugar ermo em uma rua deserta, logo após o fato a família desta mulher fica sabendo  através de filmagens e aciona o MP para  impetrar ação de estupro de vulneral no  no 217-A do CP

Diante  do quadro em tela, pode-se afirmar ou não a legitimidade deste caso? já que o Estupro de Vunerável é, em seu § 1o  Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. Já que este homem não poderia ser enquadrado em pratica de ato libidinoso, e assim ter  o in dubio pro reo como resolver este caso justamente sem que alguém inocente pague para isto? Já que se o enquadrarmos em estupro ele vai ter uma pena de  6 a 10  anos e se for enquadrado em estupro  de vuneravél ele vai ter uma pena aumentada e pode ter de 8 a 15 anos?

💡 3 Respostas

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Nycole dos Santos Machado santos machado

Como o  Eduardo bem colocou, o fato se torna atípico por não ser do conhecimento do homem a vulnerabilidade da vítima.

Para ser considerado como estupro de vulnerável, além do agente comenter a conduta descrita no tipo penal a sua ação tem que ser DOLOSA, o crime em tela não adimite a modalide culposa.

Não há que se falar em responsabilização do suposto infrato, pois não sabia que a mulher tinha tal condição, este poderá alegar ERRO de TIPO (artigo 20 CP- O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo), logo não irá responder por nada, nem estupro (a relação foi consentida), nem estupro de vulnerável.

O mesmo ocorreria se um homem mantivesse relação sexual com menor de 14, sendo que a menor afirmou ter 16 anos. O desconhecimento da real idade da vítima incidiria sobre erro de tipo.

Espero ter ajudo de alguma forma.

Att. Nycole.

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Samara Moreira Scheffmacher

As duas respostas acima descrevem bem minha opinião, justamente por não conhecer da enfermidade e da condição da vítima o agente não pode ser responsabilizado tendo em vista que faz-se necessária a conduta dolosa para que o tipo penal se qualifique. Assemelha-se aos casos em que o agente fere alguém com hemofilia que morre, se ele não sabia da condição da vítima somente responderá pelos danos que causou com a intenção de causá-los, se a vítima não tinha a condição de vulnerável aparente e não o informou disso, não há o que se falar em responsabiliza-lo por tal conduta.

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Caio Ferreira

pode ser condenado por atentado ao pudor, por estar praticando o ato em local público, sobre o estupro, creio que a doença de compulsão sexual não seja mentalmente incapacitante logo não poderá o réu responder por estupro de vulnerável.
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