Osama posiciona-se atrás da porta de sua residência com o intuito de atingir sua vitima, sua esposa vendo o que ocorria e com a intenção de ajudar seu marido fica escondida atrás da janela e diz: "se ele não acertar eu acerto" ocorre que na hora que sua esposa aparece ambos atiram e a vitima morre. No exame de pericia fica constado que a bala que matou, saiu da arma de sua esposa. A luz da questão apresentada me diga se há concurso de agentes, fundamente.
Antes da reforma realizada em 1984, a Código Penal adotava a teoria extensiva de autor, de modo que não ocorria a diferenciação entre autor e partícipe, entretanto, após a reforma, passou a ser adotada a teoria restritiva do conceito de autor, segundo a qual é autor aquele que realiza o núcleo do tipo, e em razão da complementação dada pela teoria do domínio do fato, também é autor aquele que tendo o domínio do fato, contribui para a prática delituosa. Incluindo-se nessa questão, os co-autores, os autores mediatos, autores indiretos, etc.
segundo a doutrina penal, ocorre a autoria colateral quando não há a existência de vínculo subjetivo entre os participantes, como exemplificado a seguir: A e B, pretendendo matar C, com tiros de espingarda, postam-se em emboscada, ignorando cada um o comportamento do outro, e ai, quando aparece a pessoa de C, ambos atiram neste, o qual vem a falecer em conseqüência dos ferimentos causados pelos projéteis disparados pela arma de A, neste caso, A responde por homicídio consumado e B responde por tentativa de homicídio, lembrando que se estivesse presente o vínculo subjetivo, ambos responderiam por homicídio consumado, configurando conseqüentemente a co-autoria.
Na existência de vínculo subjetivo a orientação psicológica, ou seja, a intenção dos agentes está voltada para o mesmo sentido. É requisito fundamental para o concurso de pessoas.
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