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A decisão proferida com base em dispositivo diverso do invocado pelas partes, sem a oitiva prévia das mesmas, ofende o dever de consulta previsto no art. 10 do CPC?
Ofenderá, pois o juiz deferiu a decisão sem oitiva das mesmas, isso se contraria ao art. 10 informa
- “O Juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se te nha dado ás partes oport unidades de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre o qual deva decidir de ofício. ”
E feriria o princípio da não surpresa, pois o seu conceito é sempre quando o juiz for decidir alguma questão deverá ouvir as partes e os demais envolvidos.
Um dos requisitos exigidos pelo NCPC para o deferimento da petição inicial é a causa de pedir compreendendo os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido, ou melhor, os fatos aos quais o autor confere efeitos jurídicos. São elas: causa de pedir remota (fatos) e causa de pedir próxima (fundamentos jurídicos). Na causa de pedir próxima (fundamentos de direito), o autor considera juridicamente os fatos, isto é, aponta quais são os efeitos jurídicos decorrentes da causa de pedir remota.
Quanto ao juiz tomar decisão sem ouvir as partes, de fato, há desrespeito à norma insculpida no art.10 do CPC, que veda a chamada “decisão-surpresa”.
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