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FAZER PARECER SOCIAL

Serviço Social Sociojurídico

Diante do Estudo Social, abaixo você deve fazer o parecer social, em que apresente os principais aspectos do Parecer Social, onde em sua construção textual do parecer se faz necessário no mínimo 4 dos 5 aspectos citados a seguir, fazendo a problematização em liguagem técnica e sucinta, com suas concepções:

  1. É o instrumento que dá ao Assistente Social uma identidade profissional, pois a partir da sua reflexão racional, cria-se conhecimentos que permitem capitar a singularidade do quadro analisado e a produção de alternativas que gerem transformação no contexto em relevo;
  2. É um mecanismo de viabilização de direitos;
  3. Pode ser emitido por iniciativa própria e não se restringe a uma área de atuação;
  4. O conteúdo deve ser claro, sucinto, objetivo e coerente ao que foi visto e ao objetivo do posicionamento técnico do/a Assistente Social, sem ser superficial, sendo importante destacar que a escolha das indagações relevantes é uma decisão deste profissional;
  5. Traz uma avaliação do passado, prospecções do futuro e apresenta sugestões de ações a serem desenvolvidas para mediar as vulnerabilidades e riscos sociais instalados, pois é a finalização de um Estudo Social e deve ser conclusivo e indicativo.

 

Conteúdo:

O estudo social é, historicamente, a maior demanda de atribuição ao/à assistente social no sociojurídico. Diversas são as concepções sobre o tema ‘estudo social’ encontradas na literatura, desde o entendimento do que é o documento em si, no qual o/a assistente social apresenta uma determinada situação social, em vista da garantia de direitos dos sujeitos envolvidos, até o entendimento mais abrangente proposto por Mioto (2001): O estudo social é o instrumento utilizado para conhecer e analisar a situação, vivida por determinados sujeitos ou grupo de sujeitos sociais, sobre a qual fomos chamados a opinar. Na verdade, ele consiste numa utilização articulada de vários outros instrumentos que nos permitem a abordagem dos sujeitos envolvidos na situação. (MIOTO, 2001, p. 153). Em consonância com o conceito de estudo social de Mioto (2001), Rey (2009) enfatiza que o estudo social precisa estar sedimentado como o agir profissional que dá origem ao relatório/laudo/avaliação e, por consequência, é ação privativa do/a profissional de serviço social. Lembra que a Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social (8.662/1993), em seu artigo 5º, estabelece quais são suas atribuições privativas e, no item IV, consta: “realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social” (Coletânea de Leis, CRESS, 2009). Não é citado o termo ‘estudo social’ na lei, nem como competência (artigo 4º), nem como ação privativa (artigo 5º). Entretanto, concebendo-se o estudo social como ação interventiva que deverá produzir uma opinião técnica, em matéria de serviço social, e que sua materialidade se dá por meio de documento produzido pelo/a profissional, considera-se que está contemplada na lei a exclusividade ao/à assistente social.

 

 

CASO – DO CONFLITO FAMILIAR

Texto de Ana:

Histórico do Caso:

Ana e João casaram-se em 1994. Ele, integrante do departamento comercial de uma empresa, ela, bancária. Têm, atualmente, dois filhos: Aninha e Joãozinho, com 8 e 4 anos, respectivamente. Embora inicialmente felizes, começaram a surgir problemas no relacionamento durante a segunda gravidez de Ana. Dois meses antes de Ana engravidar de Joãozinho, o casal aceitou abrigar em casa um dos irmãos de João, de nome Pedro, que, por estar desempregado e inadimplente, foi despejado do apartamento onde residia sozinho. Passado o primeiro mês, João foi ficando enciumado, suspeitando que estivesse havendo uma aproximação excessiva entre sua mulher e Pedro, seu irmão. Um dos amigos de João lhe confidenciou que teria visto Ana e Pedro juntos, de tarde, no cinema. Quando Ana lhe deu a notícia de que estava novamente grávida, João ficou desconsertado. Não lhe saía da cabeça a idéia de que o filho não era seu. Não tendo coragem de expor as suas suspeitas para a mulher – até porque ela estava grávida e, afinal de contas, não havia provas –, João determinou ao  seu irmão, com certa rispidez, que se mudasse para qualquer outro lugar, sob o pretexto de que precisava preparar o quarto para o novo filho. Joãozinho nasceu e João sempre muito calado e sem ânimo. Vez por outra chegava muito tarde ou viajava para trabalhos pouco prováveis. Tornara-se muito esquecido, constantemente deixando o celular desligado. A relação entre Ana e João nunca mais voltou a ser a mesma. Três anos após o nascimento de Joãozinho, João, inesperadamente e sem dar qualquer satisfação, abandonou a família. Ana e os filhos começaram a passar por sérias necessidades. Joãozinho  está agressivo e Aninha muito deprimida. Ambos com problemas na  escola. Ana, desesperada, conseguiu, um ano após o desaparecimento de João, descobrir o seu paradeiro. Este foi recentemente notificado para comparecer perante a Defensoria Pública, onde Ana solicitara apoio.

Situação de Ana:

João foi uma terrível decepção em sua vida. Esse homem se transformou, nos últimos quatro anos, em uma pessoa deprimida, arredia, um fantasma daquele homem bom e empreendedor que ela, apesar de tudo, ainda ama. Quando engravidou de Joãozinho, sentiu-se rejeitada, tal o desinteresse de João por seu segundo filho. Não acreditava no que estava acontecendo. João cada vez mais distante. Teve até que tomar as dores de Pedro, irmão de João, injustamente expulso de casa. Embora nunca tenha tido a oportunidade de comprovar, está convencida de que João deve ter arranjado uma amante desde o tempo em que ela ainda estava grávida do Joãozinho. Embora tenha percebido os ciúmes de João quanto a Pedro, nunca o traiu, embora estivesse muito só. Arrepende-se  de ter ido ao cinema com Pedro sem uma prévia comunicação a João. Tem notícia de que tal fato gerou algumas insinuações maldosas. Ana está com raiva da atitude arredia de João e sofre com a sua ausência, inclusive por conta das dificuldades por que passou sozinha durante este último ano.

Posição de Ana:

Quer que seja determinada uma pensão de R$ 800,00 em favor de cada   um dos filhos.

Interesse de Ana:

Salvar o casamento e ter João de volta em casa.

 Texto de João:

Histórico do Caso:

Ana e João casaram-se em 1994. Ele, integrante do departamento comercial de uma empresa, ela, bancária. Têm, atualmente, dois filhos: Aninha   e Joãozinho, com 8 e 4 anos, respectivamente. Embora inicialmente felizes, começaram a surgir problemas no relacionamento durante a segunda gravidez   de Ana. Dois meses antes de Ana engravidar de Joãozinho, o casal aceitou abrigar em casa um dos irmãos de João, de nome Pedro, que, por estar desempregado e inadimplente, foi despejado do apartamento onde residia sozinho. Passado o primeiro mês, João foi ficando enciumado, suspeitando que estivesse havendo uma aproximação excessiva entre sua mulher e Pedro, seu irmão. Um dos amigos de João lhe confidenciou que teria visto Ana e Pedro juntos, de tarde, no cinema. Quando Ana lhe deu a notícia de que estava novamente grávida, João ficou desconsertado. Não lhe saía da cabeça a idéia     de que o filho não era seu. Não tendo coragem de expor as suas suspeitas para a mulher – até porque ela estava grávida e, afinal de contas, não havia provas –, João determinou ao  seu irmão, com certa rispidez, que se mudasse para qualquer outro lugar, sob      o pretexto de que precisava preparar o quarto para o novo filho. Joãozinho nasceu e João sempre muito calado e sem ânimo. Vez por outra chegava muito tarde ou viajava para trabalhos pouco prováveis. Tornara-se muito esquecido, constantemente deixando o celular desligado. A relação entre Ana e João nunca mais voltou a ser a mesma. Três anos após o nascimento de Joãozinho, João, inesperadamente e sem dar qualquer satisfação, abandonou a família.Ana e os filhos começaram a passar por sérias necessidades. Joãozinho  está agressivo e Aninha muito deprimida. Ambos com problemas na  escola. Ana, desesperada, conseguiu, um ano após o desaparecimento de João, descobrir o seu paradeiro. Este foi recentemente notificado para comparecer perante a Defensoria Pública, onde Ana solicitara apoio.

Situação de João:

Ana foi uma terrível decepção. Aquela mulher companheira, sensual e bonita foi capaz de traí-lo com o seu próprio irmão. E justamente com aquele irmão a quem concedeu abrigo em momento de necessidade. Com isto,  grande tristeza, solidão e uma  profunda  mágoa  da  mulher  e  do  irmão.  Foi em decorrência de sua baixa auto-estima que João pediu  transferência  para outro Estado, na tentativa de se afastar de todos aqueles sofrimentos. De nada adiantara aquelas noites em que  procurara  se  divertir  ou  os  fins-de-semana em que participou de grupos de terapia. A saudade da sua filha Aninha o atormentava. A namorada que arranjara e com quem desfrutou bons momentos não suportou a sua eterna insatisfação. Constantemente se lamentando de como havia sido infeliz no casamento e como a vida é cruel.

Posição de João:

Não reconhece Joãozinho como seu filho: Ana deve assumir as conseqüências pela destruição do casamento.

Interesse de João:

Proteger Aninha. Construir um ambiente familiar saudável.

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