Nos anos 70, a Sociologia da educação francesa é, sobretudo, centrada na escola, sua estrutura e os fluxos de entrada e saída de alunos. A principal problemática é a das desigualdades sociais do resultado escolar, e o debate fundamental é sobre o papel da escola como fator de mobilidade social ou de reprodução. Nessa perspectiva, as desigualdades de sexo não são levadas em conta (Kandel, 1975; Duru-Bellat, 1994) e os poucos trabalhos relativos à educação de meninas são o resultado de uma história à parte.
A generalização das escolas mistas nos anos 70, como aplicação — atrasada –, em termos de gênero, do princípio da igualdade de oportunidades para todos os cidadãos perante a educação, permite educar juntos meninas e meninos e comparar diretamente os seus desempenhos. Depois de ter recuperado o atraso no que se refere à escolarização, as meninas exibem um “melhor resultado escolar” em número de anos de estudo e essa constatação vai incidir sobre o conceito de reprodução das desigualdades pela escola.
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