Trata-se do ato da pessoa que foi expulsa de ingressar novamente no território nacional. O objetivo da norma é proteger os atos da administração pública. O Sujeito ativo é estrangeiro expulso. O sujeito passivo, por sua vez, é o Estado. O crime consuma-se quando o estrangeiro expulso regressa ao território nacional. Admite-se a tentativa.
Denunciação caluniosa
Exige-se uma falsa imputação de um fato preciso e determinado, considerado crime, visando uma pessoa determinada ou determinável. Trata-se do ato de “dar causa”, ou seja, motivar, fazer nascer algo. O Objeto jurídico do crime é o interesse da Justiça, bem como a liberdade e honra do imputado. Forma de praticar: Direta: o agente apresenta a notícia verbalmente ou por escrito; Indireta Denúncia anônima; Contar um fato a terceiro de boa-fé para que este o leve a conhecimento da autoridade. Colocar um objeto ilícito, por ex. entorpecente, no carro de alguém e denunciar a pessoa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive o promotor, o delegado e o Juiz quando tenham conhecimento da falsidade da imputação. Quando for crime de ação penal privada ou pública condicionada, entende-se que apenas o ofendido pode ser o agente da denunciação caluniosa. A iniciativa deve vir de ato do próprio agente, pois, se este fizer uma acusação em razão de questionamento de outra pessoa, não haverá crime. Não se exige a instauração de Inquérito Policial (IP) para consumação, o simples início das investigações, consuma o crime (Entendimento não pacífico).
Comunicação falsa de crime ou de contravenção
Núcleo do tipo: PROVOCAR + COMUNICAR – dar causa, gerar, proporcionar. Forma: escrita ou oral. Dolo direto e específico: se houver dúvida, o fato será atípico, bem como, deve haver a finalidade de fazer a autoridade atuar sem causa. Se no decorrer da investigação, apurar-se crime diverso, não haverá o crime, pois, o bem jurídico protegido não foi atingido. Quanto a comunicação falsa tiver por finalidade a prática de outro crime, duas são as posições doutrinárias: O agente responde apenas pelo crime principal, em razão do princípio da consunção. Haverá concurso material entre os crimes, uma vez que se trata de bens jurídicos distintos.
Autoacusação falsa
O crime objeto da autoacusação falsa pode ser doloso, culposo, de ação pública ou privada: que não ocorreu ou foi praticado por outra pessoa. Exige que o sujeito não tenha sido autor, coautor ou participe. E além de se autoacusar atribuir falsa participação de terceiro haverá: (divergência doutrinaria): Concurso formal com denunciação caluniosa. Concurso material com denunciação caluniosa (Mirabete) São consideradas as declarações prestadas em inquérito policial ou processo judicial. Autoridade: quem tem competência para apurar a existência do crime ou determinar o início do procedimento. NÃO há previsão de escusa absolutória se o sujeito prática em benefício do CADI (Cônjuge, ascendente, descendente e irmão).
Falso testemunho ou falsa perícia Para que configure o tipo é necessário que a inverdade verse sobre fato juridicamente relevante, de forma a influir na decisão judicial. Logo, se o processo for anulado, não há crime, uma vez que se excluiu a possibilidade de dano. CONTUDO, de acordo com o STF, ainda que extinta a punibilidade do acusado onde se deu o falso, o crime continua a existir. A lei considera o processo judicial em sentido amplo, assim, inclui, por exemplo CPI. Crime de mão própria: só pode ser cometido pelos sujeitos do tipo. A vítima não prática falso testemunho, pois não é testemunha. Natureza da falsidade: Teoria objetiva: falso é tudo aquilo que não corresponde à realidade. Teoria subjetiva(majoritária): Não basta que o fato não seja verdade, é necessário que o sujeito ativo tenha consciência disso. Não constitui falso testemunho a negação em prestar declaração. A consumação do crime se dá, em tese, no momento do proferimento do falso, contudo, como é possível que o depoente retifique o que foi declarado até o encerramento do depoimento, entende-se que o crime será consumado nesse instante (art. 216 CPP). A consumação do crime de falsa pericia será no momento da entrega do laudo a autoridade, ou da afirmação dos fatos inverídicos. Quando cometido em juízo deprecado, este é o competente para apuração desse crime.
Coação no curso do processo Atos executórios Violência: Coação física. Grave ameaça (séria intimidação) Não se faz necessário que tenha interesse próprio no processo. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mas, se for o próprio réu, além de ser responsabilizado também por esse crime, poderá ser decretada sua prisão preventiva no procedimento originário (se possível), a fim de garantir a instrução criminal. Sujeito passivo: Juiz, promotor, policial, testemunhas, jurados, perito, autor, querelante, querelado, etc. Dolo específico. Crime formal Haverá concurso material com os delitos que resultarem da violência empregada. A prática de várias ameaças constitui crime único (não há concurso ou continuação delitiva).
Exercício arbitrário das próprias razões Trata-se da tutela de um direito que sujeito tem ou julga ter. Núcleo do tipo: fazer justiça pelas próprias mãos, ou seja, obter pelo próprio esforço algo que se considere justo ou correto. A análise é em relação ao agente (circunstâncias e condição pessoal) e não à sociedade ou o Estado. Pretensão legitima: fundada no direito ou na justiça. Por exemplo: reter o paciente no hospital para satisfação das despesas médicas. Se o agente tem conhecimento de que a pretensão é ilegítima, haverá outro crime.
Fraude processual Exige-se que a inovação tenha capacidade de enganar. Artificiosamente: de maneira engenhosa, maliciosa ou ardil.
Conti...
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